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OpiniãoAs estrelas que iluminam a Europa

As estrelas que iluminam a Europa

Artigo de opinião de Luís Rosa, coordenador da Iniciativa Liberal de Barcelos.

© Luís Rosa

Após um período de reflexão, é tempo de fazer um balanço do que aconteceu nas eleições europeias. Confesso que antes de escrever este artigo fui investigar o significado do círculo de estrelas douradas na bandeira da União Europeia. Elas representam a unidade, a solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. A sua presença são uma lição de história. Alerta-nos e transporta-nos para fases sombrias da longa existência do território europeu. Após 75 anos, voltaram os sinais negros da guerra, da incerteza e do antissemitismo. Ao leitor não lhe parece que estamos a repetir uma época desastrosa da história?

Mas no que toca ao resultado das eleições europeias, a Iniciativa Liberal foi a grande vencedora da noite do dia 9 de Junho. João Cotrim de Figueiredo tornou-se, na história política portuguesa, o primeiro liberal a ter um lugar no Parlamento Europeu, e não vai sozinho. Por causa de uma mobilização sem precedentes (ainda a ressacar das legislativas), um cabeça-de-lista com pergaminhos e um “know-how” de fazer inveja à concorrência, juntamente, com um discurso acutilante, assertivo e maduro, conseguimos também eleger a Ana Martins, 39 anos, natural da Ilha Terceira, nos Açores, formada em Direito e vice-presidente dos liberais. Por sua vez, os restantes partidos, talvez à exceção da Catarina Martins, apostaram em candidatos que pouco ou nada acrescentaram ao debate, pouco ambiciosos em reformar a Europa ou ofuscados (para não dizer apagados) pelos próprios lideres do partido.

Como nota final, não posso deixar também de realçar um outro importante liberal que toma as rédeas de uma grande instituição internacional. Falo do antigo primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, que vai substituir Jens Stoltenberg na liderança da NATO. Mark Rutte assumiu posições de forte crítica a Vladimir Putin e, além disso, foi determinante na construção de uma robusta base de apoio militar à Ucrânia na União Europeia. Em tempos cinzentos, cujo aos decisores se pede mais racionalidade, mais pragmatismo e menos passividade, os liberais devem ocupar os lugares comuns da política no velho continente. Falamos, portanto, de três liberais que foram eleitos para serem as novas estrelas. E, tal como eu, se houver mais alguém que acredite nisso, que elas iluminem a Europa.

Artigo de opinião de Luís Rosa, coordenador da Iniciativa Liberal de Barcelos.

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