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Marisa Matias exige mais fiscalização na Albufeira da Caniçada para impedir construções ilegais

© Bloco de Esquerda

Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, acompanhada por José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, deputados eleitos pelo distrito de Braga, esteve hoje na Albufeira da Caniçada, em Terras de Bouro, para exigir mais fiscalização para impedir construções ilegais.

“Esta é uma zona inserida na Rede Natura e, portanto, tem um conjunto de regras a que tem de obedecer no quadro da legislação europeia. Temos acompanhado esta situação a partir do Parlamento Europeu, em articulação com os deputados do Bloco de Esquerda do Parlamento nacional, porque uma das nossas prioridades é a preservação da natureza e o combate à crise climática”, considerou Marisa Matias.

A eurodeputada disse estar a assistir-se na Caniçada a uma “exploração dos recursos naturais”, que “não cabe em nenhuma política de desenvolvimento sustentável” e que esta situação deveria merecer o envolvimento de todas as forças políticas.

“Surpreende-me que com tantos deputados e deputadas eleitas no distrito de Braga, não haja mais vozes ao lado destas populações e das suas reivindicações. Estas pessoas não têm tido representação à altura na Assembleia da República, com exceção dos deputados do Bloco de Esquerda”, acrescentou.

José Maria Cardoso lembrou que, em 2017, a Inspeção Geral do Ambiente analisou 43 construções na Caniçada e concluiu que “só uma cumpria os requisitos legais”.

Para o deputado, “há falta de fiscalização e de controlo que é preciso travar”, a que se junta um “certo conluio entre interesses locais e poder político, que é conhecido e nalguns casos até já deu origem a aberturas de processos judiciais”.

“O Plano de Ordenamento da Albufeira da Caniçada precisa ser revisto porque tem 20 anos e está completamente desatualizado. Exigimos que isso aconteça rapidamente, se fiscalizem as construções e, caso não cumpram a lei, sejam demolidas”, defendeu.

O bloquista chamou também a atenção para o “autêntico regabofe” que acontece na utilização do plano de água por um número excessivo de embarcações e motos de água, “sem qualquer controlo”.

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