
O Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, recebeu, este sábado, um colóquio para a prevenção ao suicídio. Promovida pela Associação GIRAR, esta iniciativa pretendeu alertar a população para travar este flagelo presente na sociedade.
Ulisses Lopes, presidente da GIRAR, explicou que o tema é “sensível” e que em Portugal suicidam-se três pessoas por dia.

“É a primeira iniciativa da GIRAR neste âmbito e nós entendemos que o tema do suicídio é um tema pouco abordado, pois estamos quase no final de setembro e em Braga não vimos qualquer tipo de ação para prevenção na área do suicídio. É algo que acontece todos os dias e há três casos de suicídio em Portugal por dia. É um tema difícil de se falar, que cria destruição à volta das famílias ,e é um tema que nós nos sentimos incentivados a pegar. O suicídio não acaba por ser solução para nada e se alguém estiver a pensar fazer isso, que peça socorro. Ao cometer uma coisa dessas, não está a matar só a si, mas uma família inteira e um núcleo de amigos. Tenham fé e esperança e peçam ajuda”, alertou o presidente da GIRAR.

Em representação da União de Freguesias de Ferreiros e Gondizalves esteve o tesoureiro Raúl Gomes, que louvou a iniciativa da Associação GIRAR.
“A União de Freguesias apoia todas as iniciativas das nossas associações, quer desportivas, quer culturais. No caso da GIRAR, que promoveu este debate sobre o suicídio que é um problema complexo, é de louvar. Por vezes não nos apercebemos da família ou mesmo vizinhos que estão com problemas e temos que ter cuidado com os sinais. É um problema premente onde a sociedade está cada vez mais fechada e devemos estar mais atentos. Elogiamos, por isso, a GIRAR de ter realizado esta ação de sensibilização, pois não há muitos debates a falarem sobre isso e é bom alertar para estes problemas”, salientou Raúl Gomes.
O tesoureiro apelou à comunidade que se sente isolada para se deslocar até à sede da Junta de Freguesia a fim de conviver e ter apoio. “Estamos abertos e atentos com os idosos. Estamos a promover o ‘Sénior+55’ em Gondizalves em que, às quartas-feiras, os idosos se juntam todos na ginástica e na dança, sendo uma maneira de os tirar da solidão e de conviverem entre eles. Quem tiver qualquer problema, que passe pela Junta que há sempre alguém para os escutar. Passem por lá quando se sentirem sozinhos, vão tomar um caféz e conversar com as pessoas que lá estão, pois estamos sempre recetivos para ajudar,” disse Raúlo Gomes.

O colóquio contou, como convidados, Daniela Lascasas, psiquiatra, Catarina Veloso Santos, psicóloga, Leonel Fernandes, enfermeiro e representante da Ordem dos Enfermeiros, Rui Silva, do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho, Paulo Silva, da Associação Antibullying com Crianças e Jovens, José Paulo Leal, da Associação Telefone da Amizade, e Rute Reis Figuinha, da Associação Sobre Viver Depois do Suicídio e Rui Alberto Sequeira, jornalista da Rádio Antena Minho. O evento contou, ainda, com a presença de Luis Pedroso, presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade.

O colóquio contou com o apoio da União de Freguesias de Ferreiros e Gondizalves e da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade.
Foram também mobilizados 50 voluntários que colocaram 2.000 fitas amarelas pelas ruas, pontes e caminhos de Ferreiros para assinalar o mês dedicado ao mês amarelo. Este domingo de manhã decorreu uma caminhada de sensibilização à prevenção do suicídio.