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AEMinho preocupada com aumento dos preços da energia em Portugal

© AEMinho

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) manifestou preocupação com o aumento dos preços da energia em Portugal.

Para Ricardo Costa, presidente da AEMinho, “num tecido empresarial industrial no qual o peso com custos energéticos chega a representar 30% a 40% dos custos de produção, o aumento completamente exponencial dos custos da energia pode representar o princípio do colapso da competitividade das empresas portuguesas, nomeadamente do setor industrial”

“Chegam-nos relatos de associados para os quais o custo com a energia quase que duplicou e que veem hoje a sua situação já difícil – pelo contexto que vivemos nos últimos anos, pela situação da calendarização da carga fiscal que já foi alvo de intervenção da AEMinho no passado, pela carga fiscal em si e pelo aumento desconexo dos combustíveis – agravada, colocando em risco não só a sua competitividade no mercado, sobretudo no mercado internacional, do qual dependemos em larga escala, como também, em casos mais extremos, a viabilidade dos seus negócios e da sua atividade”, sublinhou.

O presidente da AEMinho refere que “a questão dos recursos energéticos e da energia abre-nos caminho para um mundo que será mais sustentável e equilibrado, mas esta transição está ainda hoje a começar, a dar os primeiros passos, pelo que contar com os seus efeitos a curto prazo para serem uma ferramenta que dê resposta a estas dificuldades é pura demagogia e representa um afastamento gigante em relação àquilo que é a realidade do país”.

Para a AEMinho, “é necessário repensar modelos, perceber como balizar a atividade empresarial nesta área de forma a que o desenvolvimento de uns não represente o estrangular da maioria e a fragilização do nosso tecido empresarial de forma massiva e representativa. É urgente e imperativo que o Estado não sobrecarregue recorrentemente as empresas e a atividade económica como forma de se financiar, engordando a sua tecnoestrutura e fragilizando a economia real, que acrescenta riqueza, que cria emprego e que pode de facto contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento do país em todas as suas dimensões”.

A AEMinho está a elaborar um programa que apresentará em breve aos seus associados que lhes permitirão dispor de uma ferramenta de utilidade no percurso de transição energética e digital, que “será o caminho das empresas nos próximos dez anos”. “Da nossa parte estamos a procurar soluções reais, práticas e eficientes que possam ajudar os nossos empresários associados a percorrer este caminho com segurança e dispondo dos recursos para tomar as melhores decisões em todos os momentos. É nossa missão ser uma associação ativa e dinâmica que procure mais soluções. É o que estamos a fazer, mas também é nosso propósito ser a voz dos empresários no Minho, dos seus anseios e preocupações e partilhar a visão que entidades que tanto contribuem para o emprego, a criação de riqueza, o PIB e que são os primeiros visados quando se trata de pedir esforços ao país”, concluiu Ricardo Costa.

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