
Ser conservador é conservar o que funciona bem e alterar de forma paulatina, consistente e gradual o que pode funcionar melhor.
Por isso, que quando penso em mobilidade, começo sempre pelo ANDAR.
Nascemos, aprendemos a andar e só depois aprendemos a pedalar; mas parece que o executivo de Braga baralhou tudo e se esquece que iniciamos a vida a aprender a andar e que os anos e a saúde fazem-nos chegar a uma idade em que caminhar é também uma necessidade incontornável.
Depois de milhões gastos em programas de requalificação de vias com inclusão de ciclovias, muitas vezes com utilidade questionada pelos moradores e comerciantes, deparamo-nos com uma cidade com passeios em condições deploráveis.
Há buracos, pedras soltas, vegetação invasora, lixo e desníveis incompreensíveis… tentem subir e descer a Av 31 de janeiro ou atravessar a praça Conde Agrolongo e chegarão à conclusão de que os trajectos podem ser elevados às categorias de todo-o-terreno ou prova de obstáculos respetivamente.
Necessitamos requalificar ruas e avenidas, necessitamos promover meios de locomoção sustentável com ciclovias, necessitamos promover uma mobilidade inclusiva, mas não podemos esquecer que o primeiro passo é garantir que a cidade é caminhável.
Uma cidade caminhável é mais amiga dos jovens e dos idosos, é mais inclusiva e mais promotora da saúde e bem-estar.
Defenderei sempre que uma cidade pensada para caminhar é mais segura para idosos, crianças e pessoas com dificuldades de locomoção e é também por eles que nos devemos posicionar na defesa de Braga e dos bracarenses.
Artigo de opinião de Filipe Aguiar, presidente concelhio do Partido CHEGA em Braga.