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Sandra Pimenta é candidata do PAN à presidência da Câmara de Famalicão

© PAN

Sandra Pimenta é candidata do PAN à presidência da Câmara Municipal de Famalicão. A apresentação da candidatura decorreu esta domingo, na sede da Junta de Freguesia de Famalicão e Calendário, e contou com a presença da porta-voz do partido Inês Sousa Real e da líder parlamentar Bebiana Cunha.

Sandra Pimenta e Emanuel Figueiredo, cabeça de lista à Assembleia Municipal, anunciaram as medidas e áreas prioritárias do PAN para Famalicão.

Uma das bandeiras anunciadas pela candidata reside na criação de um programa de recuperação do rio Pelhe, mas também das ribeiras e riachos de Famalicão, aliado à criação da figura municipal de protetores dos meios hídricos, reforçando, assim, a monitorização e fiscalização de descargas ilegais ou focos de poluição.  Paralelamente, o PAN Famalicão defende a implementação de uma estratégia intermunicipal para a reabilitação e recuperação do Rio Ave, através da realização de um protocolo entre os municípios que direta ou indiretamente têm competências na zona hidrográfica do Ave e dos seus afluentes.

Sandra Pimenta considera que “não podemos continuar a aceitar os constantes atropelos ambientais de cada vez que se licencia uma obra ou não se estudam soluções que permitam a coexistência de usos entre o nosso património ambiental e a ação humana. A política do betão e do tijolo tem de ter limites”.

“Abater árvores para criar as necessárias ciclovias, quando podem perfeitamente coexistir, para reabilitar praças ou para dar lugar a estacionamento são decisões que denunciam a falta de políticas integradas e indiferentes à proteção de um bem maior: a Natureza”, acrescentou a candidata do PAN.

Neste sentido, o partido considera “fundamental” a criação de um regulamento para o arvoredo urbano e para o património florestal municipal por forma a estabelecer as regras e normas relativas ao planeamento, implantação, gestão, conservação e manutenção de espécies autóctones e inverter a tendência do abate “indiscriminado” de árvores.

Assente na “génese animalista que diferencia o partido dos demais”, Sandra Pimenta não tem dúvidas “da falta de políticas e planos estruturados em matéria de bem-estar e proteção animal que tem resultado num canil sobrelotado, num crescente número de animais abandonados e condenado centenas de animais a uma vida enclausurada”, defendendo que “não é construindo um canil maior que se resolve o problema”

Para dar respostas a esta problemática, o PAN defende a criação de um pelouro denominado “Proteção, saúde e Bem Estar Animal” e a criação da figura de Provedor/a Municipal dos Animais, assim como a realização de campanhas de esterilização, a implementação efetiva dos programas CED Capturar-Esterilizar-Devolver para gatos e garantir, nos Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil, equipas multidisciplinares de salvamento e resgate animal, dotando, paralelamente,  as diferentes forças policiais de atuação municipal e associações zoófilas de leitores de microchip. Considerando a importância de dar resposta aos casos de acumulação de animais, vulgarmente conhecido por Síndrome de Noé, o partido defende a criação de um grupo de trabalho por forma a elaborar um manual de procedimentos para acompanhamento destas situações.

“A ação do PAN não se esgota no ambiente e nos animais, no que diz respeito às refeições e gestão das cantinas escolares, a posição do PAN é clara: a saúde começa no prato. Assim, pretendemos assegurar um/a nutricionista por agrupamento de escolas e promover sessões mensais no âmbito da educação alimentar, junto das comunidades escolares e em conjunto com as famílias, onde se incluem estratégias locais para promoção de hábitos alimentares saudáveis”, acrescenta.

Por último, Sandra Pimenta anunciou a criação de um gabinete municipal exclusivamente dedicado à inclusão e à não discriminação, garantindo respostas de tradução e interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP) em todos os serviços e respostas públicas, inclusive nos serviços de saúde e nas escolas e a adesão do município à Rede de Cidades Arco-Íris, assumindo a responsabilidade no combate à discriminação das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (LGBTI).

Por sua vez, Emanuel Figueiredo, realça a importância de “descarbonizar as nossas empresas, incentivar a criação de um modelo de economia circular onde transformamos desperdícios em recursos”. “A transição energética passa pela criação de comunidades energéticas, promovendo, igualmente, a autonomia energética de todos os edifícios municipais e equipamentos públicos”, sublinhou.

A criação do portal municipal da defesa do trabalhador, com objetivo de melhorar as suas condições de trabalho, e para que este possa ver simplificado o acesso à informação jurídica é outra das bandeiras do partido.

Também a habitação não ficou esquecida. “Assumimos o compromisso  de reabilitar espaços devolutos do concelho, transformando-os em espaços de arrendamento acessível para os jovens e para os mais vulneráveis, como idosos ou vítimas de violência doméstica. Temos de garantir o acesso a uma  habitação condigna, a todos e a todas”, refere o candidato

“É um dos nossos grandes objetivos fazer de Famalicão um município livre de Herbicidas”, lembra o candidato. Reforçando a importância do respeito pela biodiversidade, o partido defende a criação de corredores ecológicos que permitam a passagem e a circulação de animais entre zonas humanizadas, “impedindo a sua morte por atropelamento” e a implementação de novas zonas de hortas comunitárias nas freguesias do concelho com o intuito de providenciar espaço de cultivo a quem não o possui, e paralelamente defendem a implementação urgente de um “plano eficaz de aproveitamento de resíduos orgânicos como a recolha seletiva porta a porta e a criação de zonas de compostagem comunitária”.

Emanuel Figueiredo relembrou a “falta de transparência e auscultação da população por parte do executivo municipal”, dando como exemplo o Projeto de criação da zona de paisagem protegida das Pateiras do Ave e a deslocação da zona de Hortas Comunitárias do parque da Devesa, considerando “fundamental a implementação do portal da transparência pública do Município de Famalicão onde todas as ações antes, durante e depois de qualquer processo serão tornadas públicas”.

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