Decorreu, na terça-feira, a primeira reunião do Comité Técnico-Científico para formalizar o início dos trabalhos das duas primeiras classificadas dos Prémios ITBraga – Investigação, Inovação e Território.
Promovido pelo Município de Braga, este prémio visa a promoção da investigação e a transferência do conhecimento produzido nas Universidades, Politécnicos, Centros de Investigação e nas Empresas para o território, contribuindo para aumentar a qualidade de vida urbana e, consequentemente, o bem-estar dos cidadãos.
Neste sentido, foi constituído o Laboratório de Inovação Urbana – LIU que constituirá o centro de acolhimento para o desenvolvimento das investigações teórico-práticas premiadas e que constitui um espaço de colaboração e cocriação que articula técnicos municipais, empresas e institutos, com as universidades (orientadores, investigadores estudantes de mestrado e de doutoramento) impulsionando o desenvolvimento de projetos interdisciplinares inovadores em matéria de mobilidade, sustentabilidade ambiental e gestão urbana.
Pretende-se que no LIU, através da integração de projetos de investigação, recriar um projeto educativo da cidade (em interação com o cidadão) que, confere uma ênfase especial ao desenvolvimento sustentável do espaço público. Assim, o LIU, sendo um espaço vocacionado para a inovação que, numa matriz pluridisciplinar, tem como propósito o estímulo de implementação de novos projetos-piloto para testar no Laboratório vivo para a descarbonização da cidade de Braga.
De entre as 10 propostas apresentadas, o júri deliberou atribuir o 1.º lugar ao projeto “Braga In Time: Mobilidade(s) e Transporte(s) em Braga. Necessidades e estratégias de Mudança”, da autoria de Márcia Patrícia Barbosa da Silva, sob orientação da professora Emília Araújo, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho. O projeto contempla um conjunto de fases de pesquisa muito focadas no diagnóstico e estudo aprofundado dos padrões comportamentais, nas necessidades e nas expetativas dos residentes em matéria de mobilidade urbana.
Em segundo lugar ficou o projeto “Construir a mediação. Mapeamento das relações visuais de suporte para uma interpretação da paisagem entre Braga e o Cávado”, de Sandra da Mouta Brito, sob orientação da professora Marta Labastida (FAUP) e da professora Helena Abreu de Carvalho (ICSUM). O projeto visa explorar novas diretrizes metodológicas para a estruturação de um mapeamento das relações visuais de suporte à interpretação da paisagem.
Estes dois projetos de investigação serão desenvolvidos durante o período de um ano, no Laboratório de Inovação Urbana, gerido pela Divisão de Mobilidade e integrado no Pelouro da Mobilidade e da Relação com o Ensino Superior. Os projetos serão acompanhados pelo Comité Técnico Cientifico criado para este efeito e que, para além de técnicos municipais, conta com a participação da vereadora Olga Pereira, com o apoio de Paulo Pereira, Paulo Cruz e Miguel Bandeira, docentes da Universidade do Minho.