
A Comissão Política Concelhia do PAN Famalicão enviou uma recomendação à Câmara Municipal que sugere a adoção de alternativas ao uso do fogo de artifício tradicional.
“É sabido que o fogo de artifício tradicional perturba pessoas de todas as idades, sendo especialmente afetadas crianças do espectro do autismo, pessoas idosas ou pessoas doentes”, refere Sandra Pimenta, porta-voz concelhia. “São também várias as evidências do seu impacto negativo nos animais, tanto domésticos como assilvestrados, e ainda no meio-ambiente e na saúde, em geral”, acrecsenta.
O partido dá como exemplo cidades que optaram por fogos de artifício silenciosos, dando como exemplo São Paulo e Califórnia. “Um dos maiores espetáculos de luzes na Disneyland optou por se modernizar e usar drones para exibir um verdadeiro espetáculo de luzes, magia, mas sem o impacto sonoro. Ou até, como aconteceu na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio que optou por um espetáculo visual com drones. Paralelamente, a Organização Mundial de Saúde aponta os 120 decibéis como o limiar de dor para o som, incluindo sons como trovões. Ora, os espetáculos de pirotecnia estão normalmente acima de 150 decibéis, e podem chegar até 170 decibéis ou mais, de acordo com um fonoaudiólogo no Boys Town National Research Hospital, no Nebraska”, sustenta o partido.
A Comissão Política Concelhia do PAN Famalicão, na sua recomendação, apelou à “promoção da realização de campanhas de sensibilização sobre os impactos negativos nas pessoas, animais e ambiente da utilização da pirotecnia nas festas e romarias do concelho e que nos eventos promovidos pelo Município seja substituído o lançamento de foguetes e fogo de artifício tradicional, por fogo de artifício de baixa intensidade sonora, bem como adotar modelos mais ecológicos e com menos substâncias perigosas”.