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Mariana Mortágua e Francisco Louçã unem-se pela defesa de justiça fiscal

Legislativas 2025.

© Bloco de Esquerda

Mariana Mortágua juntou-se à campanha do Bloco de Esquerda no distrito de Braga, numa sessão realizada durante a tarde, na sala do Centro Internacional das Artes José Guimarães.

O Bloco de Esquerda refere que “Portugal é o quarto país mais desigual da Europa. Os 10% mais ricos detêm 60% da riqueza nacional. Os 1% mais ricos detêm 25% da riqueza nacional. Essa discrepância está bem acima da média da União Europeia”. “Mais desiguais só os países que a direita adora”, comentou a coordenadora.

Mariana Mortágua sublinha que “as 50 maiores fortunas do país têm 45,8 mil milhões de euros. E essa desigualdade subiu face a 2023. Os 10 mais ricos do país detêm 23,5 mil milhões de euros”.

Francisc Louçã, cabeça de lista pelo círculo eleitoral do distrito de Braga, disse que “é uma desigualdade enorme”. “Será que a sua fortuna nasceu do mérito? Todas estas fortunas são heranças. E não estamos a falar da herança normal, estamos a falar do privilégio do poder, da renda, do poder político, de poder transformar o sistema do país à sua semelhança”, acrescentou.

Mariana Mortágua aproveitou para apontar “a discrepância entre o salário anual de Pedro Soares dos Santos e uma operadora de caixa do Pingo Doce. É uma diferença de dois mil seiscentos e quinze euros à hora contra seis euros à hora. Devemo-nos perguntar qual é o mérito do herdeiro de uma fortuna para que possa pagar-se a si próprio tanto, e ganhar num ano o que uma trabalhadora da sua empresa demoraria 400 anos para ganhar”.

“Chega-se à desigualdade através do poder e determina-se uma renda. E na verdade isso é um poder que dá poder. O Estado está ao serviço”, disse Francisco Louçã, acrescentando que “o Instituto +Liberdade, think-tank da Iniciativa Liberal, recebeu 450 mil euros de Carlos Moreira da Silva e o mesmo de Luís Amaral”. “Porque é que despejam dinheiro num instrumento de um partido liberal? Porque ele vai propor a redução da taxação dos mais ricos. Claro que é dinheiro muito bem aplicado, porque cria influência política”, explicou.

“E há uma conta que mostra a diferença dos impostos que são pagos sobre os dividendos das empresas face aos impostos pagos pelo trabalho. Portugal é um dos países onde a tributação sobre o trabalho é muito maior que a tributação sobre os rendimentos”. “Criar impostos mais justos para quem trabalha, convocando os mais ricos a pagar um pouco mais, consegue combater as desigualdades”, disse Mariana Mortágua.

“A proposta do Bloco é igualzinha à proposta que está em Espanha, de taxação de fortunas superiores a três milhões em 1,7%. Essas fortunas são equivalentes a 250 anos de salário mínimo. São mais de cinco vidas de trabalho se não gastássemos um cêntimo em nada”, explicou a dirigente bloquista.

“E é uma taxa a ser aplicada apenas a metade dos 1% mais ricos de Portugal. Alguém pode dizer que não é justo taxar os mais ricos?”, perguntou Mariana Mortágua. “Já começámos esse caminho com o adicional ao IMI, mas as pessoas mais pobres poderão ter médico de família, escolas com qualidade, dinheiro para investir nos nossos setores sociais”, concluiu a coordenadora do Bloco de Esquerda, frisando que “no círculo eleitoral de Braga, o voto em Francisco Louçã e no Bloco de Esquerda é o voto útil que dará força a um país mais justo”.

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