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Lídia Jorge recebe em Braga o Prémio Vida Literária Vítor Aguiar e Silva

Lídia Jorge © Fernando Bento

A romancista e contista portuguesa Lídia Jorge vai estar em Braga, no próximo dia 23 de junho, para receber o Prémio Vida Literária Vítor Aguiar e Silva. A cerimónia vai decorrer pelas 16:00, no edifício Maria do Alívio Gonçalves Teixeira, na sede do dstgroup, na Rua de Pitancinhos , em Palmeira.

Instituído pela Associação Portuguesa de Escritores, com o patrocínio da Câmara Municipal de Braga, o prémio é relativo ao biénio 2022/2023 e tem o valor de 20 mil euros. O júri considerou “o percurso notável da escritora, romancista, poeta, autoras de obras marcantes nos domínios do conto e da crónica, com numerosas e aplaudidas traduções em diversas línguas”. Este prémio, ao distinguir Lídia Jorge, distingue “uma personalidade de invulgares méritos e reconhecimento na atividade cultural, aquém e além-fronteiras”.

A cerimónia ficará também marcada por uma homenagem ao professor Vítor Aguiar e Silva, com a atribuição do seu nome ao auditório.

Este prémio, cuja primeira edição foi em 1992, mas suspenso em 2017, já distinguiu Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner Andresen, José Saramago, Óscar Lopes, José Cardoso Pires, Eugénio de Andrade, Urbano Tavares Rodrigues, Mário Cesariny de Vasconcelos, Vítor Aguiar e Silva, Maria Helena da Rocha Pereira, João Rui de Sousa, Maria Velho da Costa, Manuel Alegre e João Barrento.

Em 2021, após um desafio lançado à Câmara Municipal de Braga, associou-se à anterior designação o nome de Vítor Aguiar e Silva, antigo professor catedrático da UMinho, reconhecido ensaísta e vencedor dos prémios Vida Literária em 2007 e do Prémio Camões em 2020, entre outras distinções.

Lídia Jorge nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e publica regularmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma preocupação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia da Cidade Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodígios (1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento Assobiando nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003. Venceu o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas 2020.

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