Mais de 20 quilómetros de zonas ribeirinhas de Famalicão foram totalmente recuperadas, no âmbito das obras de recuperação e valorização hidrográfica da Bacia do Ave. A intervenção, que arrancou em fevereiro, começou no rio Pelhe, chegando também aos rios Ave e Guisande e ao ribeiro de Beleco, em Ribeirão.
Incluiu a criação de percursos pedonais e a plantação de milhares de árvores nas zonas ribeirinhas. Implicou ainda a renaturalização de ribeiras em espaço urbano, sobretudo com a estabilização do seu leito, a estabilização das margens e a beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas em domínio hídrico, a melhoria das condições de escoamento e desobstrução da rede hidrográfica, a mitigação dos efeitos das cheias, a reabilitação de infraestruturas degradadas, a contenção de espécies invasoras e o reforço dos sistemas de monitorização da qualidade da água.
O presidente da autarquia, Mário Passos, mostra-se “muito satisfeito por devolver aos famalicenses um dos nossos maiores patrimónios naturais” e convoca “toda a comunidade para a tarefa de proteger e vigiar os rios que atravessam o concelho”.
A intervenção resulta de uma candidatura no valor de 1.2 milhões de euros e abrange uma extensão total de cerca de 20 quilómetros, atravessando zonas agrícolas/florestais e aglomerados urbanos, com incidência nas freguesias de Ribeirão, Fradelos, Lousado, Vila Nova de Famalicão e Calendário, Esmeriz e Cabeçudos e Arnoso e Sezures.
A candidatura foi apresentada em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e é financiada pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020).