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OpiniãoE se Portugal tivesse um vulcão em erupção?

E se Portugal tivesse um vulcão em erupção?

© João Ricardo Silva

O vulcão Cumbre Vieja na ilha de La Palma, em Tenerife, entrou em erupção no dia 19 de setembro, deixando um rasto de destruição com rios de lava, cinzas e vários terramotos.

O vulcão está há um mês em erupção e continua sem previsão de término. As autoridades regionais espanholas alertaram recentemente que não há sinais de que o fim da erupção seja para breve.

Ao longo deste mês de atividade vulcânica, milhares de pessoas tiveram que ser evacuadas das suas casas e centenas de hectares foram destruídos. Até ao momento, não há registros de mortos ou feridos. No entanto, mais de 7000 pessoas foram evacuadas e entre casas, escolas, igrejas e prédios comerciais quase 2000 prédios já foram destruídos ou parcialmente danificados.

E se um fenómeno desta natureza fosse em Portugal?

Em Portugal não há vulcões em atividade, por isso a cobertura de fenómenos sísmicos não é habitualmente apresentada ao cliente. Mas porquê correr riscos quando estes podem ser evitados?

Atendendo ao contexto atual, em que as alterações climáticas são cada vez mais frequentes e assumem efeitos devastadores, cabe a cada um de nós saber se estamos preparados para as consequências e prejuízos que possam surgir de um fenómeno desta natureza.

Para além de cumprir a obrigatoriedade legal de ter o seguro de incêndio, um seguro de multirriscos abrange mais riscos que colocam em perigo a sua a casa e os seus bens, e neste caso a cobertura facultativa de fenómenos sísmicos é essencial para minimizar uma situação tão dramática como a que está a acontecer na vizinha Espanha.

Porque ter a cobertura fenómenos sísmicos nos seguros?

A cobertura de fenómenos sísmicos permite ao segurado receber indemnizações decorrentes de danos sofridos pelos bens seguros em consequência da ação direta de tremores de terra, terramotos, erupções vulcânicas, maremotos, fogo subterrâneo e ainda de incêndio resultante destes fenómenos.

A nossa casa representa um dos nossos maiores investimentos e é onde temos a maior parte do nosso património. Devido a um acontecimento inesperado como aquele que se vive na ilha de La Palma, todos os seus bens estão em risco. Em poucos segundos pode perder todo o património construído ao longo da vida.

Deste modo solicite ao seu mediador as condições particulares da sua apólice, e verifique se o seu seguro casa tem a cobertura de fenómenos sísmicos.

Para que a vida não pare, há que proteger os seus bens, pois “os acidentes não acontecem só aos outros”.

Artigo de João Ricardo Silva, técnico especialista em Seguros.

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