
A Comissão Política do CDS de Braga, no último sábado, encetou uma visita à 54.ª edição da AGRO, uma das maiores montras do mundo rural em território nacional.
A AGRO regressou este ano de forma já normalizada e com grande adesão por parte de expositores e visitantes.
“Com um historial já preponderante para o território, a 54.º AGRO é representativa de um sinal de alguma recuperação dos setores agrícola, alimentar e pecuário. O setor rural tem nesta região uma importância acrescida que nem sempre é valorizada e potenciada pela estrutura governamental. Apoios ao investimento, à melhoria do setor e ao empreendedorismo no desenvolvimento rural são exíguos na oferta e apoios. Numa era em que o conceito de sustentabilidade impera, acreditamos que o desenvolvimento rural pode contribuir, em larga medida, para uma região e território mais sustentáveis. A AGRO é exemplo de que o mundo rural continua a ter um papel preponderante e indispensável na recuperação e crescimento económico”, referem os centristas.
Altino Bessa, presidente do CDS Braga, destaca que a AGRO “tem significado uma margem fundamental na ‘educação’ para a valorização do património rural”.
“Nestes quatro dias de feira, os agentes rurais, por via das várias conferências inseridas no programa, são convidados a refletir sobre os respetivos territórios e a aplicar estratégias originais de desenvolvimento sustentável e de qualidade, centradas em novas formas de valorização do património natural e cultural e de reforço do ambiente económico, nomeadamente contribuindo para a criação de postos de trabalho e de melhoria da capacidade organizacional das comunidades rurais. Esta vertente formativa e empreendedora leva a que se olhe o mundo rural como um setor de oportunidades para o futuro. É facto inegável que o Governo Central não incentiva nem apoia a cooperação inter-territorial e transnacional como forma privilegiada de divulgar e transferir experiências inovadoras e bem sucedidas, viabilizando projetos conjuntos e estimulando relações de colaboração entre os territórios rurais comunitários. É imperativo o apoio à agricultura familiar, ao desenvolvimento dos produtos de qualidade e à valorização do ambiente e do património rural”, sustentou Altino Bessa.
Para o também vereador municipal, a AGRO “faz parte da identidade e memória do concelho de Braga”. “É uma mostra tão enraizada no mundo rural e na comunidade em geral que o sucesso é cada vez maior em cada edição. Com as dificuldades humanitárias que enfrentamos, primeiro a pandemia e agora o conflito em território ucraniano, o consumo local ganha uma relevância superior. Urge que se coloquem na praça políticas promotoras de auto-sustentabilidade para que os nossos agricultores e empresas da área rural possam investir e inovar no território. Só assim teremos um desenvolvimento rural sustentável, equilibrado e gerador de riqueza”, finalizou o centrista.