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Bom Jesus de Braga recebeu mais de um milhão e 500 mil pessoas em 2022

© Fernando Araújo

O ano de 2022 veio proporcionar reencontros não apenas pela normalização das atividades sociais, mas também pela continuidade do trabalho que se faz no Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, em prol de um espaço melhor, quer para quem o visita e quer para os que ali trabalham.

Apesar de a nível conjuntural o ano ter ficado marcado pela guerra na Ucrânia, o gestor do Santuário do Bom Jesus para a UNESCO, Varico Pereira considera que “o Santuário deu passos importantes para a implementação da visão estratégica para um espaço mais sustentável e proporcionador de uma melhor qualidade de vida da comunidade local, dos colaboradores e de quem o visita”. Segundo Varico Pereira o levantamento das restrições da pandemia devolveu ao Bom Jesus um fluxo de visitantes muito próximo dos valores de 2019. “A comunidade local voltou para se reencontrar nos seus momentos de lazer, de prática religiosa, cultural e desportiva. Os escadórios, a Basílica e a mata voltaram a encher-se de gente ávida de recuperar o tempo de “clausura” imposto pela pandemia”, sustenta, acrescentando que “a atividade turística, que ficou muito próxima dos níveis pré-pandemia em algumas atividades e em outras chegou mesmo a ultrapassar os valores de 2019″. 

As missas celebradas por grupos de peregrinos, na Basílica, mostram uma evidente maioria de estrangeiros. De forma organizada, celebraram 1506 de origem polaca, seguidos de 983 italiana, 437 brasileira e 376 estadunidenses, sendo que de do nosso país foram 924. Desde Alemanha, Argentina, Cabo Verde, Canadá, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Hungria Indonésia, Inglaterra, México, República Dominicana, Tahiti, entre outros. Outro exemplo da recuperação do mercado internacional foi o aumento significativo da chegada de autocarros com cidadãos estrangeiros, assim como a utilização do elevador. No total visitaram o Bom Jesus mais de um milhão e quinhentas mil pessoas em 2022, um valor muito próximo de 2019. Também o serviço de visitas guiadas teve um aumento de 60% relativamente ao ano anterior, registando-se cerca de 1500 pessoas que saíram do Bom Jesus mais enriquecidas com uma visita qualificada. 

A Basílica do Bom Jesus também registou um aumento da atividade cultual em 2022. Para lá das peregrinações internacionais referidas anteriormente, realizaram-se 134 casamentos e 116 batismos. 

O ano de 2022 proporcionou ainda o regresso aos grandes eventos culturais ao Bom Jesus, a maioria dos quais desenvolvidos em parceria com várias entidades. Destacam-se o concerto de Natal com o Coro da Associação de Música Sacra de Braga, o Festival Semibreve, o Coro Académico da Universidade do Minho (CAUM) e o Coral Musical “Cupertinos”. “Entre eles, o projeto mais ambicioso e que mobilizou mais a comunidade local e visitantes foram as comemorações dos 140 anos do elevador. Recebemos mais de 400 estudantes dos diferentes ciclos. Realizámos 10 visitas guiadas ao elevador e à exposição “Estância Elevada”. Foram organizadas duas conferências subordinadas ao elevador e foi promovido um concurso de fotografia com 52 participações. Também a exposição “Estância Elevada” esteve aberta 217 dias e recebeu mais de 30.000 visitantes, tendo viajado no elevador mais de 350.000 pessoas durante o ano transato”, disse.

Varico Pereira realça ainda os protocolos e parcerias com várias instituições, como a Câmara Municipal de Braga, a Ordem dos Engenheiros, o Museu Bordalo Pinheiro, entre outras, e a edição de um livro sobre o elevador, da autoria de José Carlos Peixoto. Para o gestor, “se podemos tirar alguma lição desta pandemia, podemos afirmar que o Santuário do Bom Jesus soube ser resiliente e adaptar-se a essa nova realidade. Essa resiliência foi fundamental para conseguir manter esta estância no caminho da sustentabilidade (ambiental, social e económica)”. 

Varico Pereira adianta ainda que 2023 será um ano “desafiante porque será necessário fazer investimentos significativos no Bom Jesus, desde a requalificação do Hotel do Templo e do Elevador à implementação do projeto Bom Jesus: Requalificar III, além da entrega dos relatórios periódicos e o de avaliação na UNESCO. Perante tudo isto, continuar-se-á a fazer do Bom Jesus um lugar de acolhimento, cultura, lazer e espiritualidade para todos, ajudando a construir melhor Igreja e melhor sociedade”, finalizou.

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