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Bloco de Esquerda afirma que “é necessário aumentar os salários”

Legislativas 2025.

© Bloco de Esquerda

No âmbito das “Conversas de Café” que o Bloco de Esquerda está a realizar, Francisco Louçã, cabeça de lista pelo círculo eleitoral do Distrito de Braga, esteve no café O Jardim, em Vizela, onde discutiu os temas da habitação, salários e pensões.

Francisco Louçã lembrou que “o preço das casas mais do que duplicou em Portugal na última década e, só em 2024, o crescimento de 9,1% ficou muitíssimo acima dos 2% da zona euro”. “Este panorama da crise da habitação portuguesa sente-se igualmente nas rendas, que no ano passado também subiram muito acima da média europeia, com uma diferença mais significativa face à zona euro (dados do Eurostat). Considerando-se ainda as subidas dos preços no Distrito de Braga e no Concelho de Vizela, o facto de estarem a ser praticados valores por m² superiores a países onde os salários e poder de compra são mais elevados, o investimento em habitação pública é uma necessidade, mas a urgência da crise exige medidas imediatas, com a aplicação de um teto às rendas, como o Bloco de Esquerda tem proposto”, frisou o cabeça de lista.

Quanto “aos problemas dos baixos salários, pensões, e ainda sobre a sustentabilidade da Segurança Social”, Louçã disse que “a distribuição da riqueza produzida continua a ser profundamente desigual, com os salários a aumentarem muito menos que a produtividade, e que 1 em cada 10 trabalhadores está em situação de pobreza”. “É necessário aumentar o peso dos salários no PIB, equilibrando-o face ao capital e diminuir a desigualdade salarial, que atravessa a sociedade e é também interna às empresas, e em que as mulheres recebem em média cerca de 20% menos que os homens. Melhores salários e a inclusão dos prémios na tributação dos rendimentos do trabalho (IRS e TSU) em nome da solidariedade, permitirão a sustentabilidade do Estado Social e da Segurança Social. O designado imposto Mortágua demonstra a possibilidade de criar novas formas de financiamento e permitiu à Segurança Social arrecadar, nos últimos anos, mais de mil milhões de euros de receita. Atualmente as contribuições dos imigrantes pagam meio milhão de pensões, pelo que é imprescindível reforçar medidas de fiscalização e combate ao trabalho ilegal e de defesa da igualdade salarial e de direitos para os trabalhadores migrantes”, acrescentou.

“O voto no Bloco de Esquerda garantirá o reforço dos direitos de quem trabalha, com a eliminação das medidas troikistas que ainda subsistem no código de trabalho, a valorização da força dos trabalhadores na negociação coletiva, o respeito por quem trabalha por turnos, majorando o seu esforço em salário, horário de trabalho e condições de aposentação, ou ainda a exigência de consagração na lei do subsídio de alimentação para todos os trabalhadores e trabalhadoras do privado, com valor que seja, no mínimo, igual ao do setor público”, finalizou.

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