
A Aliança Democrática assumiu o compromisso de repor uma relação de “confiança e previsibilidade” com as instituições de solidariedade social. O cabeça de lista da candidatura do partido no distrito de Braga, Hugo Soares, realçou a necessidade “restaurar a justiça nas compensações financeiras que são devidas aos parceiros sociais”.
“Se há setor com quem o Estado não pode falhar, é com o setor social. Isso significaria prejudicar as pessoas mais vulneráveis”, defendeu Hugo Soares, no final de uma visita ao centro de acolhimento ‘O Poverello’, em Braga.
O líder da candidatura fez questão de assumir a “gratidão” devida às instituições de solidariedade social, pelo “trabalho único e absolutamente extraordinário a favor das pessoas que mais precisam, substituindo-se ao próprio Estado nas obrigações de assistência às pessoas mais necessitadas e vulneráveis”.
“Nos contactos com diferentes instituições do distrito, a Misericórdia de Braga e a Cruz Vermelha, foram sucessivas as queixas no que toca às compensações e aos compromissos contratados com o Estado, que continua sem rever valores, apesar do sucessivo aumento dos preços dos produtos e dos encargos salariais. A Aliança Democrática considera que é imperioso melhorar a relação com as instituições sociais, sejam IPSS, misericórdias ou mutualidades, seguindo um modelo contratualizado que garanta provisão dos serviços em condições dignas e humanizantes”, refere.
Hugo Soares acrescenta a “necessidade de assegurar previsibilidade, com um plano de financiamento plurianual devidamente acompanhado para adequar às alterações do cenário económico e às especificidades dos serviços prestados e do contexto de intervenção. Nesse âmbito, apontou como exemplo o caso de ‘O Poverello’, com custos de funcionamento mais elevados enquanto unidade de cuidados continuados e sendo a única estrutura do distrito para cuidados paliativos”.
“Além do compromisso plurianual entre o Governo e o setor social para dar mais segurança à tesouraria das instituições, a Aliança Democrática propõe duplicar a consignação de IRS das famílias a favor de instituições sociais de 0,5% para 1%, de forma a aumentar a liberdade de escolha dos portugueses e a reforçar o financiamento do setor social”, reforçam a Aliança Democrática.
AD critica PS por deixar fora do PRR centro de investigação MarUMinho
A decisão do governo PS em deixar fora do financiamento europeu o projeto do centro de ciência e investigação MarUMinho, em Esposende, está a ser criticada pela candidatura da Aliança Democrática pelo distrito de Braga. Hugo Soares considera ser “uma opção errada, influenciada por critérios partidários e bem ilustrativa da forma como o PS usa o poder”.
“Não é só Esposende que sai prejudicado. Isto penaliza o país todo. A nossa economia não dá o salto enquanto não dermos prioridade efetiva à ciência, inovação e tecnologia, para gerar riqueza, mais competitividade, melhores empregos e rentabilidade. Acresce a grande mais-valia que o mar representa para Portugal”, frisou o candidato.