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BragaRicardo Silva afirma que crescimento de Braga "carece de políticas de acolhimento"

Ricardo Silva afirma que crescimento de Braga “carece de políticas de acolhimento”

© Ricardo Silva

Ricardo Silva, candidato independente à Junta de São Victor, em Braga, visitou a Associação Empresarial do Minho (AEMinho), tendo sido recebido pelos dirigentes Ricardo Costa, Ramiro Brito e Margarida Rossi.

Esta visita visou “perceber quais os desafios que o tecido empresarial vive, atualmente, com a Covid-19 e de que forma a Junta de Freguesia de São Victor pode auxiliar os empresários no estímulo dos seus negócios”.

Para o presidente da AEMinho, Ricardo Costa, “nesta fase importa apostar em políticas de requalificação das competências pessoais e criar condições para acolher cidadãos que venham a residir na cidade de Braga, em geral e na freguesia de São Victor, em particular”.

Segundo o presidente da AEMinho, “em 2020, em ano Covid, as 28 empresas embaixadoras da região apresentaram uma taxa de crescimento nas suas áreas de atividades, contudo, muitas dessas empresas começam a ter problemas na mão-de-obra devido à baixa qualificação profissional para determinadas áreas e setores de atividade, o que obriga a ‘importar’ recursos humanos de outros pontos do mundo”. Assim, para o dirigente Ramiro Costa, “as políticas autárquicas podem não conseguir resolver o problema de fundo, mas podem ter um papel fundamental na resolução do mesmo”.

Na questão da importação de quadros qualificados, ambos os dirigentes preconizam que “Portugal tem que ser suficientemente cativador e atrativo para fixar mão-de-obra estrangeira e que ajude a potenciar o desenvolvimento do nosso país”. Para que isso aconteça, os dirigentes da AEMinho advogam “melhor qualidade de vida para os novos residentes estrangeiros, apostando, desde logo, em habitação acessível, um boa oferta escolar e uma dinâmica inclusiva sustentada pela iniciativa cultural”.

Para Ricardo Costa e para Ramiro Brito, “torna-se muito importante reorganizar o ensino e a mentalidade das famílias, pois o mundo do trabalho está em franca mudança, pelo que em Portugal temos de acompanhar estes novos tempos”. Os dirigentes deram, como exemplo, “a questão de trabalhadores estrangeiros que vêm para Portugal com as famílias e têm dificuldade em colocar os filhos na escola pública. Mas, mesmo quando conseguem, têm uma barreira linguística que dificulta o processo de aprendizagem, o que conduz à desmotivação dos quadros profissionais, que assim pensam em regressar ao seu país de origem, descapitalizando as empresas e dificultando o desenvolvimento das mesmas”.

Para o candidato Ricardo Silva, “uma das medidas que urge implementar, e que vem na linha do que tem defendido, é a criação de um Gabinete de Apoio ao Imigrante. Este gabinete poderá ser um facilitador na inclusão social e cultural, acompanhando a pessoa imigrante no conhecimento da dimensão legal, apoiando em assuntos como adquirir o número de contribuinte, o título de residência, o cartão de saúde, entre outras necessidades. Mas este Gabinete poderá fomentar visitas guiadas a locais emblemáticos de Braga e da Freguesia de São Victor, sobretudo orientadas em inglês, para um maior conhecimento da identidade local, sustentada nos usos e costumes tradicionais”.

A par destas iniciativas, a equipa de Ricardo Silva pretende lançar um Manual de Boas-Vindas ao Imigrante, dando a conhecer os primeiros passos da estadia em Braga e na freguesia de São Victor. Neste manual constarão parcerias com agências imobiliárias, para um maior conhecimento do mercado habitacional e dos preços praticados, bem como a localização das escolas, equipamentos de lazer, de desporto e de cultura.

Ricardo Silva, que nesta visita se fez acompanhar por Vitor Teixeira e por Diogo Sá, ambos empresários, também manifestou a sua “preocupação” com a segurança, no caso de “não se apostar nas boas políticas de inclusão social”. Por isso, Ricardo Silva pretende, de futuro, “estreitar os laços com a Associação Empresarial do Minho, sobretudo ao nível da realização da Feira do Emprego, de forma estimular a empregabilidade e o desenvolvimento profissional dos habitantes de São Victor”.

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