Quarta-feira, Abril 24, 2024
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PAN Braga quer transportes públicos gratuitos para estudantes e reformados

CM Braga

A concelhia do PAN Braga afirma que uma das propostas do seu programa eleitoral será a gratuitidade dos TUB para todos os estudantes e reformados.

“O PAN Braga defende que os transportes públicos devem ser tendencialmente gratuitos, mas ao fazermos as contas, facilmente percebemos que para a totalidade dos cidadãos, não é possível a curto prazo e uma proposta dessas não passa de puro populismo. Por isso encontramos este meio termo que acreditamos ser exequível nos próximos anos e representará um primeiro passo neste sentido. Devemos estender a gratuidade a todos os estudantes, incluindo universitários e a todos os reformados”, afirma Rafael Pinto, porta-voz distrital.

Para realizar as contas, o PAN Braga utilizou como base o ano de 2019, uma vez que 2020 “foi demasiado atípico”. “Sabendo que em 2019 os TUB tiverem aproximadamente 12,5 milhões de passageiros, um volume total de negócios de 7,1 milhões e um lucro residual de 154 mil euros, é possível perceber que a gratuitidade total custaria aos contribuintes do município, no mínimo, mais de 7 milhões de euros por ano. Um valor significativo que representa cerca de 5% do orçamento da autarquia para 2021”, acrescenta.

“Só seria possível conseguir estes valores através de aumentos extraordinários de impostos como o IMI e Taxa de Derrama que teriam que se aproximar da taxa máxima legalmente prevista”, reforça Rafael Pinto.

“A não ser que o valor dos apoios ao nível nacional, no âmbito do Programa de Apoio à Redução Tarifária dos Transportes públicos, que se ficaram pelos 1,6 milhões para toda a CIM Cávado em 2019, aumentem significativamente. Para além disto, não nos podemos esquecer de outros investimentos que são necessários nos TUB, como a eletrificação total da frota, aumento das linhas e até melhorias salariais. Como é que conseguimos fazer tudo isto ao mesmo tempo? Parece-nos que a gratuitidade total é o caminho, mas é preciso caminhar alguns anos até chegarmos lá: criar melhores condições nos TUB, faixas dedicadas aos autocarros, estruturas e apoios para a mobilidade suave, mais zonas 30, mais ruas sem trânsito no centro histórico, mais estacionamento pago no centro da cidade, mais estacionamento gratuito na periferia, começar a introduzir medidas como noutras cidades de limitação da entrada dos automóveis mais poluentes, e depois sim, teremos condições para avançar com a gratuitidade total”, finalizou.

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