
A Pastoral Penitenciária de Braga lançou a iniciativa “Neste Natal, escreva uma carta ou um postal a um Recluso” a convidar os cidadãos a enviarem cartas de esperança e encorajamento a pessoas que se encontram privadas de liberdade, levando o espírito do Natal para dentro das prisões.
O projeto tem como objetivo “humanizar o Natal para aqueles que vivem momentos difíceis atrás das grades”.
As cartas ou postais, escritos por voluntários de todas as idades, têm como propósito “transmitir palavras de conforto, apoio e fé, proporcionando um gesto de empatia que pode fazer toda a diferença na vida dos reclusos”.
Qualquer pessoa pode escrever uma carta, seja uma mensagem inspiradora, uma reflexão sobre o Natal, ou até mesmo um versículo bíblico. As cartas ou postais devem ser enviados até ao dia 15 de dezembro e posteriormente encaminhadas para diversas instituições prisionais, onde serão entregues aos reclusos durante a semana do Natal.
As cartas ou os postais podem ser enviados para Pastoral Penitenciária de Braga – Serviços Centrais da Arquidiocese de Braga, Rua S. Domingos, 94B 4710-435 Braga.
Os organizadores pedem que as mensagens sejam positivas e respeitosas, evitando perguntas pessoais sobre os crimes ou penas. As cartas devem ser assinadas apenas com o primeiro nome ou um pseudónimo, para garantir a privacidade dos participantes.
O Padre João Torres, um dos organizadores da campanha, afirma que “muitas vezes, os reclusos sentem-se esquecidos e marginalizados pela sociedade, especialmente durante as festas de fim de ano. Esta iniciativa não só leva uma mensagem de esperança a quem está preso, como também nos lembra da importância de sermos compassivos e de darmos segundas oportunidades”.
Desde que a campanha foi anunciada tem recebido um apoio massivo das comunidades. escolas, grupos de jovens e até empresas locais já se comprometeram a escrever cartas e a incentivar os seus membros a participar. A expectativa é que centenas de cartas sejam entregues, espalhando amor e esperança a quem mais precisa.
“Para muitos reclusos, este pequeno gesto de solidariedade poderá ser o único presente de Natal que receberão. A campanha não é apenas sobre enviar mensagens, mas sim sobre reconhecer a dignidade humana em todos, independentemente das circunstâncias”, finalizou João Torres.