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ReportagemLuto e emoção marcaram Procissão do Enterro do Senhor em Braga
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Luto e emoção marcaram Procissão do Enterro do Senhor em Braga

© Angélica Antunes

A Procissão do Enterro do Senhor, a mais solene e comovente das procissões da Semana Santa de Braga, percorreu esta sexta-feira o centro histórico da cidade, envolta num manto de silêncio e emoção pelas milhares de pessoas que a assistiram.

© Angélica Antunes

Organizada pelo Cabido da Sé, a Comissão da Semana Santa, a Irmandade de Santa Cruz e a Irmandade da Misericórdia, o imponente cortejo teve como ponto de partida a Sé Catedral. Nela seguiu o pálio com o esquife de Jesus morto, num semblante de dor e de introspeção, perante o olhar da multidão que não quis perder esta recriação do Enterro do Senhor.

© Angélica Antunes

É com agrado que o Cónego Avelino Amorim, presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga, vê o regresso da Procissão do Enterro do Senhor para que os bracarenses e visitantes possam vivê-la num momento de reflexão. “Este ano voltamos a reviver a Procissão do Enterro do Senhor, não sozinhos, mas também com as pessoas. O mistério da Morte e da Ressurreição de Jesus é o que esta procissão procura de uma forma catéquetica, para divulgar todos os acontecimentos da Sexta-Feira Santa, não apenas como um ato do passado, mas para lembrar o que Jesus Cristo faz a cada dia e a cada pessoa em cada tempo. Para nós é uma oportunidade que nos apraz registar e ter as condições para sair à rua, ainda que com algumas normas de contingência, mas sem que isso limite o essencial deste cortejo”, disse o Cónego.

© Angélica Antunes

À semelhança dos anos anteriores, cerca de mil pessoas integraram a procissão, desde as figuras de São João Evangelista a Maria Madalena, o centurião, soldados romanos, anjos e profetas, assim como aqueles que acompanharam a descida da Jesus da Cruz.

© Angélica Antunes

Em sinal de luto, os participantes acompanharam a Procissão do Enterro do Senhor de cabeça coberta, ostentando um véu de luto. Ao contrário da noite de ontem, as matracas dos farricocos foram silenciosas e as bandeiras e os estandartes arrastaram-se pelo chão. O longo cortejo encerrou com a passagem do andor de Nossa Senhora das Dores, de coração dilacerado.

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