A Juventude Popular denunciou hoje a falta de condições na receção e tratamento de doentes não Covid-19 no Hospital Santos Silva, em Gaia. Segundo os centristas, este não é caso único no país.
Francisco Mota, presidente da Juventude Popular, afirmou que esta manhã as filas para a recolha de colheitas de análises eram “em condições incompreensíveis e desumanas, onde doentes crónicos desmaiaram de fraqueza e cansaço”, acrescentando que na mesma unidade hospitalar os corredores alternativos são “inexistentes”.
“É inaceitável que o Governo continue a fechar os olhos ao que demais é evidente, temos um SNS em colapso, permitindo que milhares de portugueses não sejam tratados, acompanhados e encaminhados, porque simplesmente vive-se para a Covid-19 e abandonaram-se todos os outros doentes”, realça o líder centrista.
“Marta Temido continua a negar um caminho que seria claro, mas que a sua agenda ideológica não permite, de estabelecer uma coordenação partilhada entre o setor privado e social, de forma a garantir um serviço de saúde de qualidade aos utentes, quando o estado não consegue cumprir. Este é apenas mais um caso que comprova que a birra ideológica tomou conta do Estado português, em que a saúde dos portugueses fica em segundo plano. Atingimos uma mortalidade em que é necessário recuar quase duas décadas para números comparáveis, as cirurgias estão paradas e os doentes oncológicos vivem a amargura da espera e da incerteza. Portugal não pode continuar a morrer, sem que não se assumam responsabilidades das opções tomadas e da incompetência como é gerida a saúde”, finalizou Francisco Mota.