Nos últimos dois anos, o projeto Há Cultura | Cultura Para Todos implementou 17 ações culturais de cocriação em Vila Nova de Famalicão, que envolveram perto de 900 cidadãos do concelho, grande parte de grupos vulneráveis, e que foram assistidas por perto de 2.250 espetadores.
O presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, faz um balanço “muitíssimo positivo” e assegura a continuidade do projeto de descentralização cultural para os próximos anos.
Foram quase duas dezenas de ações comunitárias orientadas por entidades artísticas com experiência na área da cocriação com a comunidade, em vários domínios artísticos das artes performativas e artes visuais, entre elas, A Casa ao Lado, ACE – Escola de Artes Famalicão, Aldara Bizarro, Frankão, Fértil Cultural, INAC – Instituto Nacional de Artes do Circo, Momento – Artistas Independentes, Ondamarela, Teatro da Didascália, Cineclube de Joane, 4is inovação Social, Associação MEXE e ARTAVE.
O projeto representou um investimento municipal na ordem dos 310 mil euros, tendo sido cofinanciado em 85% pelo Norte 2020 através do Fundo Social Europeu, e envolveu todas as Comissões Sociais Inter-Freguesias (CSIFs) do concelho, bem como parcerias com mais de uma centena de instituições sociais e culturais do território.
Foi no Teatro Narciso Ferreira, em Riba de Ave, que no passado sábado, 22 de outubro, todo os parceiros envolvidos estiveram reunidos num encontro dedicado à ‘Arte e Comunidade’ que marcou o término oficial de um projeto que “nos demonstrou uma nova forma de fazer cultura no território”, como realça o Presidente da Câmara Municipal.
“Esta nova forma de gerar cultura, por via da cocriação com os cidadãos, potencia um maior envolvimento de camadas da sociedade que não teriam oportunidade de o fazer pelas vias tradicionais”, destacou o edil.
“Estou satisfeito com tudo o que temos feito, mas queremos fazer mais e melhor”, referiu Mário Passos, salientando que os projetos culturais com a comunidade não terminarão com o fim do Há Cultura | Cultura Para Todos, e que, até 2025, “vamos continuar a trilhar este caminho, por via da implementação de novas iniciativas de envolvimento comunitário”.
Nos próximos anos está previsto a implementação de cerca de 10 projetos de cocriação comunitária que serão dinamizados nos dez territórios das CSIFs, por instituições que integram a rede ‘Sobre o Palco’, uma plataforma colaborativa constituída por cerca de 18 entidades artísticas do concelho.
A primeira iniciativa já aconteceu em 2022, na CSIF de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas, sob orientação da Fértil – Associação Cultural, e no próximo ano será a vez das CSIFs do Vale do Este, de LEC (Lousado, Esmeriz e Cabeçudos) e de Bairro, Carreira, Bente, Delães, Ruivães e Novais acolherem projetos comunitários de cocriação artística.