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Formalizado protocolo para criar Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal

O novo caminho irá percorrer 12 Municípios do Minho e de Trás-os-Montes.

© CM Póvoa de Lanhoso

12 Municípios, o Turismo do Porto e Norte de Portugal e a Federação Portuguesa do Caminho de Santiago formalizaram um Protocolo de Cooperação com vista à criação do Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal, que ligará concelhos do Minho e de Trás-os-Montes. O momento aconteceu na manhã desta quarta-feira, na Igreja Românica de Fontarcada.

“É uma grande oportunidade de valorização do território e de conjugação do trabalho destes Municípios. Sou defensor de tudo o que é trabalho supramunicipal. As Comunidades Intermunicipais e as Comunidades Metropolitanas já o fazem, mas isso não nos impede de fazermos um trabalho que é transversal a outros territórios, que permite que estes concelhos estejam interligados entre si. Aliás, conseguimos, em cinco meses, fazer todo o trabalho de definição do traçado e isso só foi possível, porque os 12 Municípios estiveram envolvidos e comprometidos”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, anfitrião da sessão.

“É importante do ponto de vista cultural, histórico, também pelo contributo que damos aos agentes económicos destes concelhos, que, a partir deste momento e que, com o passar do tempo e a consolidação deste projeto, podem beneficiar os nossos munícipes que são o objetivo último do nosso trabalho. É verdade que não podemos ser exagerados relativamente à nossa ambição de querermos qualificar o nosso território, mas, para a Póvoa de Lanhoso e para grande parte destes Municípios, é o primeiro Caminho de Santiago e é para nós uma referência que é decisiva também para a estratégia turística que temos de promoção do nosso território”, acrescentou o autarca

Por seu turno, o presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins, destacou a transversalidade territorial do projeto, assim como o trabalho conjunto para a criação desse novo produto, mas notou que “o caminho da certificação será longo e obriga a requisitos muito exigentes”. Para Luís Pedro Martins, “este projeto tem potencial e atrativo para ser já, no presente, antes de esperar pela certificação, ser já um itinerário cultural. Como itinerário cultural, pode já avançar e, no futuro, conseguir a certificação”, destacando o crescimento do mercado norte-americano nos Caminhos de Santiago em solo nacional.

Este responsável deu conta de que, em 2023, os números apontam para 450 mil peregrinos, 142 mil nos caminhos que percorrem o território Português.

Na oportunidade, também estiveram presentes os presidentes da Câmara Municipal de Vieira do Minho, António Cardoso, de Vila Flor, Pedro Lima, de Murça, Mário Artur Lopes, de Alijó, José Rodrigues Paredes, e ainda representantes dos Municípios de Braga, Cabeceiras de Basto, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Alijó, Murça, Mirandela, Vila Flor, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. Marcou ainda presença a presidente da Federação Portuguesa dos Caminhos de Santiago, Ana Rita Dias, assim como os Vereadores da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira, Paulo Gago e Ricardo Alves, bem como representantes da Junta da União de Freguesias de Fontarcada e Oliveira e do arciprestado.

No final da assinatura dos protocolos, os presentes foram envolvidas numa encenação ilustrativa da peregrinação de Leon de Rosmithal e sua comitiva. Através deste novo produto turístico e cultural, o caminho pretende contribuir para o desenvolvimento económico do território abrangido, que atravessa toda a região Norte, desde Freixo de Espada à Cinta até Braga, tendo por base o registo da peregrinação que Leon de Rosmithal, Barão de Blatna, iniciou, a 26 de novembro de 1465, até ao túmulo do apóstolo Santiago Maior, em Santiago de Compostela, com passagem por Portugal.

Com uma extensão aproximada de 230 quilómetros, este terá sido o itinerário privilegiado das populações entre o Minho e Trás-os-Montes e utilizado pela Comitiva de Leon de Rosmithal.

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