A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a EGI – Gestão de Resíduos vão avançar com a colocação de 60 contentores, distribuídos por todo o concelho, destinados à recolha de óleos alimentares usados com proveniência doméstica.
A implementação deste sistema de recolha seletiva de óleos vem permitir que todos os óleos alimentares recolhidos sejam reciclados respeitando a legislação ambiental aplicável e transformados em novos produtos.
A celebração do protocolo entre as duas entidades foi aprovada esta quarta feira, 31 de agosto, pelo executivo municipal famalicense.
O vereador do Ambiente do município adiantou ontem que os oleões vão começar a ser instalados já neste mês de setembro. Hélder Pereira lembra que o óleo alimentar é um resíduo com inúmeros problemas ambientais associados. “O seu depósito inadequado gera efeitos prejudiciais para o ambiente, dificultando o tratamento das águas residuais, poluindo os sistemas aquáticos, entupindo canos e gerando maus odores”, refere.
Ao garantir o destino adequado para os óleos alimentares usados, os famalicenses estarão a contribuir para a redução da carga poluente nas ETAR’s e da emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera e a permitir a valorização deste recurso, nomeadamente, para produção de novos produtos como biodiesel ou sabão.
O autarca adiantou ainda que, no que toca à seleção de biorresíduos, a autarquia vai avançar em breve com um projeto-piloto de recolha porta a porta de resíduos orgânicos domésticos no centro urbano de Famalicão e assegurou que todas estas medidas não terão repercussão nas tarifas aplicadas aos famalicenses.
Recorde-se que o município iniciou, em 2020, a recolha seletiva de biorresíduos nas cozinhas e cantinas do setor HORECA, em cerca de 50 estabelecimentos.
Neste projeto a colaboração dos munícipes é “fundamental”, diz o vereador da autarquia. “Além da correta separação dos materiais para reciclagem e da redução do desperdício alimentar os famalicenses estarão também a contribuir para uma diminuição significativa dos materiais desperdiçados que vão parar aos aterros, dando-lhes uma nova vida”, acrescentou.
Refira-se que em 2021 foram recolhidas 200 toneladas de biorresíduos.