No âmbito do projeto “Estórias de ambos os lados: a construção de uma visão e narrativa coletiva sobre a foz do Rio Neiva”, promovido pela Rio Neiva – Associação de Defesa do Ambiente, em parceria com os Municípios de Esposende e Viana do Castelo, está patente uma exposição fotográfica exterior, junto da ponte pedonal, na foz do Neiva.
A mostra decorre dos registos colhidos por 68 alunos de escolas de ambos os lados, nomeadamente as turmas do 9.º B da EB António Rodrigues Sampaio, do 9.º B da EB Forjães, do 7.º A e 7.º C da EB Foz do Neiva.
Da recolha desenvolvida pelos alunos resultou, ainda, um documentário vídeo que regista as estórias individuais de vários intervenientes no processo e um livro narrativo e fotográfico que regista também as estórias individuais e as principais observações e conclusões. Ambos podem ser visualizados no website do projeto aqui.
Nestas visitas, os alunos registaram a sua perspetiva visual do território e dos parques do “outro lado”. Para tal, foram disponibilizadas câmaras fotográficas analógicas.
Este projeto pretende promover uma maior interação da comunidade local com as áreas protegidas, na zona da foz do Rio Neiva, olhando para o seu património natural, cultural e social. Tendo como objeto de observação a zona da foz do Neiva, rio que funciona como linha visível e invisível na divisão e ligação do Parque Natural Litoral Norte e do GeoParque Litoral, dois municípios e as cidades de Esposende e Viana do Castelo.
Pretende-se mobilizar a comunidade que habita em cada lado do rio, na sua foz, reconhecendo a importância de olhar para além desta linha, para que, em conjunto, seja possível valorizar e proteger este território.
Ao longo de quatro meses (setembro a dezembro de 2021) foram identificadas e recolhidas estórias individuais e coletivas, desafiando os participantes a contribuir para a construção de uma visão e narrativa comum deste território.
Duas dezenas de habitantes locais abriram as portas e contaram as suas experiências e perspetivas, no que foi sempre um diálogo enriquecedor, devido à sua disponibilidade e simpatia que permitiu conhecer um pouco melhor a vivência passada e presente neste território, além de projetar ideias para o futuro da foz do rio Neiva.