O Município de Esposende inaugurou hoje o novo Arquivo Municipal obra que implicou o investimento de aproximadamente 748 mil euros e que resultou da adaptação do antigo quartel da GNR local que agora acomoda mais de 1.350 metros lineares de documentação, datada desde 1572.
Para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, este investimento insere-se na política cultural do município que visa facilitar o acesso à documentação histórica, aspeto sublinhado pelo diretor da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Silvestre Lacerda, para quem “os arquivos são evidências daquilo que são as nossas sociedades”.
O espaço idealizado em 1866, para escola Conde de Ferreira, naquele que é considerado como o primeiro parque escolar nacional, alberga agora o Arquivo Municipal de Esposende. Ao novo espaço acrescenta-se, na Biblioteca Municipal, o acervo de Franquelim Neiva Soares e o arquivo pessoal de Manuel de Boaventura, razão para o presidente da Câmara Municipal de Esposende considerar o “investimento relevante do Município de Esposende para toda a população, pois, ao preservar esta documentação estamos a preservar a identidade de um povo”, destacou Benjamim Pereira.
A recuperação do antigo quartel da GNR inseriu-se no Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU) que inclui mais duas obras ainda em execução (o arranjo do Largo Rodrigues Sampaio e a obra do Mercado Municipal) e três outras obras já concluídas: a regeneração da zona Central de Marinhas, as obras da Alameda do Bom Jesus, em Fão e o Museu do Sargaço, em Apúlia.
A concretização do PARU decorre da aprovação, pela Comissão Diretiva do Norte 2020, em finais de 2016, da medida que beneficia as zonas urbanas de Apúlia, Esposende, Fão e Marinhas, traduzidas num financiamento que ultrapassa os 4,3 milhões de euros, mas que pode atingir os 5,6 milhões, em termos de investimento total. A obra do novo Arquivo Municipal teve um financiamento total de 447 mil euros, tendo a autarquia investido cerca de 300 mil euros.
“Com este novo Arquivo Municipal dá-se início à implantação de novos modelos de gestão documental, com o uso das novas tecnologias. Concluído o processo em curso de digitalização do acervo, dotar-se-á o espaço com valências tecnológicas que facilitem a consulta, a pesquisa, a investigação e contribuam para o melhor conhecimento da História local, preservando a memória e a experiência da Administração Local”, sustentou Benjamim Pereira.
Por todas as razões evocadas e todas as outras que ressaltam à vista, resultantes da dinâmica cultural do Município, Esposende afirma-se nas áreas do saber e da investigação, sendo espaço atrativo para o desenvolvimento de projetos pessoais ou coletivos de investigação e alargamento do conhecimento.
Essa constatação foi sublinhada pelo diretor da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Silvestre Lacerda: “Este é um espaço de cidadania. Construir a sociedade do conhecimento tendo os arquivos como parte integrante é revelador daquilo que pretendemos deixar às gerações futuras.” Silvestre Lacerda enalteceu “a capacidade de realização e a visão de, valorizando o património, abrir o arquivo de Esposende ao Mundo”, através da disponibilização do acervo on line.