O projeto Energizarte, uma iniciativa da Fundação EDP e do Município de Braga, convidou artistas ligados à região e alunos do IPCA a realizar intervenções de arte em espaços públicos.
As oito obras resultantes do projeto foram visitadas hoje por Ricardo Rio, presidente do Município de Braga, Miguel Coutinho, administrador executivo e diretor-geral da Fundação EDP, e João Pinharanda, diretor do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, bem como por outros representantes de instituições envolvidas no projeto.
As intervenções artísticas decorreram entre 2019 e 2021 nas freguesias de Crespos e Pousada, Padim da Graça, Merelim São Paio, Panoias e Parada de Tibães, e Palmeira, após a realização de assembleias comunitárias entre os artistas e as populações locais convidadas a participar na discussão das propostas a realizar em espaço público, desde postos de transformação da E-Redes às paredes de uma escola.
Diogo Bessa, Carolina Batista, Eduardo Maia, Francisca Sá, João Costa, João Pedro Santos, Rafael Alves e Sebastião Peixoto são os oito artistas que assinam as obras. De destacar que o Energizarte teve como parceiros a E-Redes e o IPCA – Instituto Politécnico do Cávado, contando ainda com a participação do Agrupamento de Escolas Sá de Miranda, do grupo Itineris, da Associação Bracara Augusta e do Agrupamento de Escuteiros de Crespos.
Projeto constitui um compromisso com o território e a arte
Durante esta deslocação, Ricardo Rio destacou que o Energizarte constitui “um compromisso com o território e com a arte”. “Esta é uma iniciativa que teve o mérito de reinventar o mobiliário urbano que a E-Redes possui nas Freguesias que integram este projeto e que deixou marcas no território, com um trabalho colaborativo junto das comunidades que fez com que se gerasse uma energia contagiante em torno das obras realizadas, funcionando até como instrumento de inclusão social”, referiu o autara.
Também o diretor-geral da Fundação EDP salientou o “diálogo desenvolvido entre as comunidades e os artistas” como um fator distintivo do Energizarte, acrescentando que o objetivo deste programa passa por “tornar zonas que não são normalmente visitadas num roteiro turístico artístico”. “Com este projeto, a Fundação EDP contribui para trazer a comunidades rurais um maior contato com a arte, provocando, simultaneamente, uma reflexão sobre a sua função na nossa sociedade. Este é um projeto que mobiliza artistas e comunidades rurais num diálogo inovador que, acreditamos, resulta num roteiro inesperado de arte pública e num motivo de orgulho para todas as partes envolvidas”, sublinhou.
Já o diretor do MAAT reforçou também o trabalho conjunto entre a comunidade local e os artistas, explicando que o grande propósito do projeto foi trazer a cultura à população que está fora dos grandes centros e, simultaneamente, envolvê-la em todo o processo. “Sem pôr em causa a liberdade criativa dos artistas, a grande vantagem desta intervenção de arte pública foi a realização das assembleias comunitárias, que foram muito participadas por todo o lado”, concluiu João Pinharanda.
O Energizarte insere-se no Programa Arte Pública Fundação EDP. Iniciado em 2015, o Arte Pública visa o acesso à arte e o envolvimento da população em novas experiências culturais, bem como pretende estimular o desenvolvimento local através da realização de obras de arte pública em meios rurais. O projeto marca presença em 31 localidades, em sete Núcleos: Algarve, Alto Alentejo, Ribatejo, Médio-Tejo, Trás-os-Montes, Minho e Beira Baixa. Ao todo, contam-se 139 intervenções em espaço público assinadas por cerca de 50 artistas e coletivos.
O roteiro destas obras de arte pode ser consultado aqui.