Os Municípios de Celorico de Basto e Amarante vão avançar com recuperação da Ponte de Arame. A recuperação deste equipamento de utilização pública, com interesse histórico e patrimonial, será realizada no âmbito da Associação de Municípios do Baixo-Tâmega, num investimento dos dois Municípios superior a 300.000 euros.
A ponte de arame que liga os dois concelhos, cruzando o Rio Tâmega nos lugares de Lourido e Rebordelo é um elemento de elevado interesse histórico e patrimonial, cuja recuperação há muito é reclamada pelos dois concelhos e pela sua população.
A indecisão no processo da construção da barragem de Fridão foi adiando este processo, conduzindo à degradação desta ponte até ao estado em que ela hoje se encontra. A decisão de não construir a barragem criou agora as condições para a sua recuperação que avança agora por vontade dos dois Municípios e incluída no plano de ações da AMBT – Associação de Municípios do Baixo Tâmega. Estão identificadas, no relatório do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Porto, várias debilidades na estrutura, nomeadamente a corrosão de arames e a degradação dos elementos de madeira, que serão corrigidas, tornando esta ponte novamente disponível para a travessia de peões, servindo a população local e valorização turística.
A obra de recuperação está orçamentada num valor que ultrapassa os 300.000€, que serão suportados, em partes iguais, pelos dois Municípios, existindo ainda a possibilidade de ser financiada, hipótese que está a ser explorada pela AMBT.
José Peixoto Lima, presidente da autarquia celoricense, destaca “a importância da realização desta obra, de carácter intermunicipal, que faz justiça ao esforço dos nossos antepassados que a construíram com enorme esforço, unindo as populações vizinhas de Lourido e Rebordelo que estavam separadas pelo Tâmega. Na altura da sua construção esta era uma obra importante para a serventia da população, nos dias de hoje, esta ponte de arame tem o valor acrescido do interesse patrimonial e o seu reflexo na oferta turística”.
“Esta era uma obra há muito desejada pelos dois Municípios e reclamada pela população local, que nutre por ela um carinho muito especial. A decisão de não avançar com a construção da barragem de Fridão permite, finalmente, que os dois Municípios juntem esforços na sua recuperação”, concluiu.