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CDS Braga desafia partidos políticos a “priorizar defesa do território rural”

CM Braga

O CDS Braga desafiou os partidos políticos a “priorizar a defesa do território rural”. Em causa está a “redução de verbas bastante significativa para as entidades que atuam na esfera da defesa do território rural”.

De acordo com Altino Bessa, presidente do CDS Braga, “é do conhecimento de todos que estas associações têm sofrido, ao longo dos anos, um decréscimo de apoios fazendo com que estas se mantenham ‘à tona’. Analisados os documentos no AP e PEPAC (Plano Estratégico da Política Agrícola Comum), constata-se uma redução aos montantes a atribuir a estas estruturas. Ora, perante esta redução, é impossível que se desenvolva qualquer trabalho de impacto nos territórios. Esta falta de recursos irá surtir numa inércia obrigatória por parte das associações que incidem na defesa dos territórios rurais”.

O também vereador no Município de Braga refere que “basta de ‘castrar’ o mundo rural. As frentes políticas têm de se posicionar na defesa destes territórios para que o seu desenvolvimento seja, efetivamente, uma realidade. Perante esta indiferença do Estado, que futuro se espera para os territórios já identificados como ‘os mais desprotegidos’? Verificando-se esta letargia que ‘choca’ e estando nós tão perto de eleições legislativas, desafiamos os partidos políticos e os seus candidatos a deputados pelo distrito a incidirem nesta temática que merece toda a nossa atenção. Associações como a ATHACA – que tem como principais eixos dinamizar o tecido socioeconómico rural e promover a valorização dos recursos naturais, patrimoniais e culturais como garantia e salvaguarda das diversidades locais ver-se-ão a braços com mais um problema que lhes dificulta e muito a atuação no terreno. Se até agora estas associações faziam um esforço hercúleo para poderem levar a cabo a sua prática, com um novo corte nas verbas, a situação tornar-se-á insustentável”.

“A Política Agrícola Comum (PAC) passou a implementar medidas estruturais que tiveram algum impacto (não o desejado) na sociedade rural, mais precisamente, nas pequenas unidades agrícolas familiares sem afirmação no mercado. Este retirar de verbas vem inviabilizar e provocar uma regressão no trabalho que tem vindo a ser feito até agora. Um trabalho que requer um esforço tridimensional porque os recursos são parcos. O centralismo tem de dar lugar a um olhar homogéneo do nosso território. Nesta medida, os responsáveis políticos têm, de uma vez por todas, de chamar à liça os assuntos e problemáticas que importam à sociedade e que causam impactos negativos no quotidiano da população nacional. Não é porque os territórios têm pouca população que deixam de importar ou de fazer a diferença. Mesmo caindo no erro de me tornar repetitivo, reitero que urge olhar para o território com pensamento crítico e descentralizado”, explica ainda o centrista.

Altino Bessa deixa o desafio: “se os Grupos de Ação Local (GAL) não tiverem um reforço de apoio, continuarão a não poder colocar em prática políticas de desenvolvimento rural ou local, sendo os recursos humanos parte ntegrante e imprescindível deste trabalho. Os pequenos investimentos agrícolas são fundamentais, os investimentos nas microempresas são indispensáveis e a aposta na atividade complementar da exploração agrícola é necessária. Temos de assumir que estas entidades são as únicas a realizar um trabalho de proximidade com a população e com os agentes locais responsáveis pela dinamização de tecido económico, social e cultural dos territórios do interior. Entramos numa fase de decisão política e todos os intervenientes têm a obrigação de ver e ouvir os problemas existentes em todo o território. Cabe aos partidos políticos e candidatos a deputados pelo distrito nas próximas eleições legislativas pegar neste tema e dar-lhe voz. Dar voz às necessidades do território, dar voz à população e ouvir para agir em prol de todos os cidadãos, sem exceção”.

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