A fadista Carminho é a cabeça de cartaz do Festival de Fado, em Famalicão, no sábado, 17 de julho, e que também irá contar com a participação da artista famalicense Cristina Clara. O evento terá início pelas 19:00, e está englobado no programa de animação sociocultural de verão, Anima-Te, cujo recinto de espetáculos se encontra, atualmente, no Parque da Devesa, junto ao lago.
Uma das artistas portuguesas com maior projeção internacional, Carminho nasceu entre as guitarras e as vozes do fado, por intermédio de sua mãe, a fadista Teresa Siqueira. Estreou-se a cantar em público aos doze anos e, durante a faculdade, cantou em casas de fado. O seu primeiro disco, “Fado”, editado em 2009, tornou-se num dos mais aclamados álbuns do ano. Em 2011, colaborou com Pablo Alborán em “Perdoname”, o que lhe permitiu ser a primeira artista portuguesa a atingir o número 1 do top espanhol. Ao longo do seu percurso artístico, Carminho realizou atuações nas principais capitais europeias, nomeadamente, no âmbito do Womex 2011, em Copenhaga, e na sede parisiense da UNESCO, no âmbito da candidatura do Fado a património mundial. Ao longo dos últimos anos, gravou com artistas conceituados como Milton Nascimento, Chico Buarque, Nana Caymm, Marisa Monte, Maria Bethânia, entre outros. Vencedora de dois globos de ouro e do prémio Carlos Paredes, Carminho já conta com cinco álbuns gravados: “Fado” (2009), “Alma” (2012), “Canto” (2014), “Carminho canta Tom Jobim” (2016) e “Maria” (2018). Este seu último trabalho, trata-se de um disco mais íntimo, no qual assina a produção e inclui várias canções de sua autoria.
A par do concerto de Carminho, haverá, de igual modo, a atuação de Cristina Clara, cantora de Famalicão a residir em Lisboa, que fará o arranque do Festival de Fado. A artista, que se estreou nas lides fadistas em 2008, na peça de teatro “O Canto da Rosa”, no Café Teatro da Trindade, e no Café Luso no Bairro Alto, assumiu, deste então, o fado como um companheiro inseparável. Particularmente seduzida pelo conteúdo poético da canção de Lisboa e pelas estórias por ela cantadas, foi expandindo o seu repertório entre temas revisitados e composições originais. Encontra-se a gravar “Lua Adversa”, um disco que reflete as suas vivências recentes, numa aproximação do chorinho brasileiro, que se cruza com a sua afinidade com as narrativas do fado.
Para além do Festival de Fado, esta semana o palco do Anima-Te também irá receber, na sexta-feira, 16, a banda Fingertips, que apresentará a coletânea “15”, um disco de comemoração dos 15 anos desde a sua formação que reúne os maiores êxitos da sua carreira e alguns originais, inclusivamente a música “My Everyday”, tema que marca o regresso do vocalista Zé Manel aos Fingertips.
Tal como vem sendo habitual, neste fim-de-semana também será dado destaque a bandas famalicenses como Kay Sábio, cujo concerto precede o da banda Fingertips, no dia 16, pelas 19:00, assim como Filtro e The CityZens que irão atuar no domingo, 18, pela mesma hora.
Como não só de música se faz o Anima-Te, na quinta-feira, dia 15, Famalicão irá receber o espetáculo “Local”, uma criação do INAC – Instituto Nacional de Arte de Circo, no âmbito do Quadrilátero Cultural, um projeto financiado pelo programa operacional NORTE 2020, através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional). O espetáculo terá início pelas 19:00, e, ao contrário dos restantes eventos do Anima-Te, decorrerá no anfiteatro do Parque da Devesa. A bilheteira deste evento abrirá apenas uma hora antes do início do espetáculo.
Recorde-se que os espetáculos inseridos no palco do Anima-te, instalado no Parque da Devesa, ao ar livre, junto ao lago, têm entrada gratuita, com levantamento obrigatório de ingresso no local do evento no período das 2 horas que antecede o espetáculo. Cada pessoa poderá levantar até 6 ingressos. O recinto está preparado para receber cerca de 882 pessoas com todas as condições de segurança