A Braval, empresa responsável pela valorização e tratamento de resíduos sólidos, está a instalar oleões de rua em Braga, uma medida que será aplicada a todos os municípios da sua área de abrangência.
Depois de ter iniciado, em 2008, com a distribuição de oleões e recolha porta a porta, a empresa intermunicipal passa a disponibilizar novos contentores de rua, onde os cidadãos podem depositar óleos alimentares usados, em embalagens fechadas (garrafas e garrafões).
No total, serão 100 contentores repartidos pelos concelhos de Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde. “Estes contentores de rua são um upgrade ao sistema já implementado de recolha domiciliária. Desta forma, os cidadãos podem colocar o óleo alimentar usado em qualquer horário, que depois é recolhido de forma eficaz”, explicou Rui Morais, presidente dos Conselho de Administração da Braval, durante a instalação do contentor em Ruilhe, freguesia que “tem dado um grande contributo ao nível da recolha de óleo alimentar e também de outros resíduos seletivos”.
Como explicou o responsável, o concelho de Braga representa cerca de 60 a 70 por cento da recolha de óleo usado e a sua separação “não só permite uma melhor eficiência no tratamento das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), como permite um retorno económico, uma vez que com este óleo é produzido gasóleo que posteriormente é vendido, contribuindo para que a tarifa da Braval seja atualmente uma das mais baixas do país”.
Por seu turno, Altino Bessa, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, destacou a importância desta medida lançando o desafio à população para que procedam à separação do óleo usado. “Cada vez existem mais meios para que a população possa colaborar connosco no sentido da preservação do ambiente. As entidades sozinhas não conseguem fazer nada, uma vez que não é possível entrar em casa das pessoas e fazer com que elas coloquem o óleo dentro de um bidão e que posteriormente o depositem no contentor. Tem de haver um compromisso individual e responsabilidade cívica e ambiental”, referiu o vereador, considerando ser “um crime ambiental cada vez que alguém dentro da sua casa deita óleo pela banca da cozinha ou pela sanita, porque as ETAR não foram preparadas para tratar óleos, o que causa um impacto negativo no meio ambiente e no domínio público hídrico”.
Esta iniciativa contou, ainda ,com a presença do diretor geral executivo da Braval, Pedro Machado, e do presidente da Junta de Freguesia de Ruílhe, Fernando Vilaça.
A implementação dos oleões de rua resulta da candidatura “Optimização e Reforço da Recolha Seletiva da Braval”, cofinanciada pelo POSEUR, no âmbito do Portugal 2020.