
Foi inaugurada, na tarde de sábado, a exposição “Moinhos de Portuguediz” da autoria do fotógrafo Flávio Freitas. O momento contou com a presença do autor, da presidente da Junta de Freguesia de Sobreposta, Elizabete Silva, da vereadora da Câmara Municipal de Braga, Olga Pereira, e do presidente da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave (ATAHCA), Mota Alves.
O fotógrafo guiou aquela que foi a primeira visita a esta exposição que está agora na sede da Junta de Freguesia de Sobreposta. “Um dia, pelas minhas caminhadas pela natureza, descobri um trilho ao longo de uma linha de água, com dezenas de moinhos que, antigamente, serviam para moer o milho e fazer o pão e que actualmente, se encontram ao abandono e a maior parte deles meios destruídos.Depois dessa caminhada pensei, porque não recuperar estas relíquias e fazer umas visitas guiadas com as crianças das escolas para lhes fazer ver que o pão que comem todos os dias dá muitas voltas antes de chegar à padaria?”, explicou Flávio Freitas que fotografou os moinhos de Portuguediz.
Elizabete Silva, presidente da Junta de Freguesia de Sobreposta, começou por “parabenizar o trabalho importante do fotógrafo Flávio Meireles que, através da sua lente, deu mais luz aos moinhos de Portuguediz, um ativo da riqueza patrimonial de Sobreposta”. “Esperemos que com esta magnífica exposição, que também passará pela freguesia de São Victor, se possa dar o pontapé de saída tendo em vista a requalificação dos moinhos de Portuguediz. Estamos a falar de um património de enorme valor para Sobreposta e para a Cidade de Braga. A Junta tudo fará para que, com os proprietários, mas também com o apoio importante da Câmara Municipal de Braga, se possa encontrar uma solução de reabilitação deste património”, disse.
No mesmo sentido, surgiram as palavras da vereadora Olga Pereira, explicando que esta exposição “é uma oportunidade de dar a conhecer este património”. “Esperamos que seja possível encontrar esta plataforma de entendimento comum entre os proprietários dos moinhos, a Junta de Freguesia, para se encontrar uma fonte de financiamento que nos ajude a preservar este património. Da parte do Município, estaremos disponíveis para fazer um levantamento de tudo o que possa existir nos nossos arquivos sobre este património e ajudar que este possa ser devidamente registado na conservatória e nas finanças e, dessa forma, poder existir uma candidatura a financiamento”, referiu.
Já Mota Alves sustentou que “devemos olhar para os moinhos pelo valor patrimonial e cultural. Cada moinho tem particularidades diferentes”, disse o professor, referindo que a reabilitação deste património servirá a “promoção turística da região e a possibilidade de valorizar a freguesia e valorizar o concelho”.