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BragaBraga cria Banco de Bens e Equipamentos para ajudar os mais desfavorecidos

Braga cria Banco de Bens e Equipamentos para ajudar os mais desfavorecidos

© CM Braga

Dar uma nova vida aos bens que não necessita em favor dos que mais precisam. Este foi o mote para a constituição de um Banco de Bens e Equipamentos, numa iniciativa da BragaHabit, que junta a AGERE e o Município de Braga, com o intuito de combater o desperdício e apoiar cidadãos em situação de maior vulnerabilidade social e económica.

O projeto surge no âmbito do Grupo de Colaboração Municipal para a Sustentabilidade, que promove a responsabilidade social dos cidadãos e das instituições, respondendo, de igual forma, a desígnios de sustentabilidade ambiental e de Economia Circular, através da redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais.

Durante a apresentação do projeto, o administrador da BragaHabit explicou que o Banco de Bens e Equipamentos visa contribuir para a satisfação de necessidades imediatas dos beneficiários da empresa municipal de habitação, “através da distribuição de bens que contribuam para a melhoria das condições de habitabilidade e conforto das respectivas casas”. Ao mesmo tempo, referiu Carlos Videira, “estamos a promover a reutilização de materiais numa lógica de sustentabilidade ambiental e rentabilização de recursos e fomentar a responsabilidade social dos cidadãos e das instituições do Município de Braga, estimulando a participação activa da comunidade”.

Podem aceder à atribuição de bens e equipamentos as pessoas isoladas ou agregados familiares que estejam inscritos nos programas de apoio habitacional da BragaHabit, sendo que os interessados devem manifestar as suas necessidades junto da empresa municipal. Podem ainda beneficiar do Banco de Bens e Equipamentos as Instituições de Solidariedade Social e Associações de Moradores com sede no concelho de Braga, cujo âmbito de atuação coincida, total ou parcialmente, com o objeto e atribuições da BragaHabit.

A proveniência dos Bens ou Equipamentos a disponibilizar resultam de angariações ou doações públicas ou privadas, do abandono ou renúncia de bens dos arrendatários da BragaHabit deixados no âmbito dos procedimentos de recuperação dos imóveis de habitação social, e bens que se encontrem em bom estado de conservação, provenientes da recolha diária de monstros a clientes domésticos da AGERE.

Este Banco de Bens e Equipamentos será constituído por material mobiliário e doméstico, equipamentos elétricos e eletrónicos e equipamentos de ajudas técnica como camas articuladas, cadeiras de rodas, cadeiras sanitárias, andarilhos, bengalas, tripés, entre outros.

O processo de atribuição de bens e equipamentos carece de inscrição nos serviços da BragaHabit, através de formulário próprio, sendo que os agregados familiares inscritos passam a integrar uma lista de espera que é gerida em função da data do respetivo pedido. A integração nesta lista depende da não existência de dívidas ou outras situações irregulares perante a BragaHabit e o Município de Braga.

A sustentabilidade ambiental é um dos desígnios deste projeto e, segundo o administrador da AGERE, o Banco de Bens e Equipamentos vem dar um impulso à reutilização. Rui Morais explicou que a crescente produção de bens “tem enorme impacto no ambiente” e este projeto vem de alguma forma contribuir para a diminuição de do processo de transformação dos materiais. “A AGERE e a Braval, têm apostado na sensibilização da população para a temática da reutilização e este projeto é mais um que se insere na nossa política de sustentabilidade de forma a atingirmos os nossos objetivos a nível ambiental”, referiu.

A responsabilidade social dos cidadãos e das empresas no apoio aos cidadãos com maior vulnerabilidade social e económica é, para Carla Sepúlveda, uma “excelente resposta” deste projeto que “vai contribuir para a melhoria contínua das condições de vida das pessoas que nos procuram”. A vereadora da Coesão Social da Câmara Municipal de Braga destacou a “importância de um projeto desta natureza”, uma vez que “são muitas as famílias que ainda vivem em carência”, apelando às empresas e população em geral que contribuam com os bens e equipamentos que não necessitem de forma a “apoiar quem mais precisa para que possam ter uma vida mais condigna”.

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