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OpiniãoBarcelos precisa de iniciativa…

Barcelos precisa de iniciativa…

Artigo de Luís Rosa.

© Luís Rosa

O concelho de Barcelos tem um enorme potencial, mas enfrenta um conjunto de desafios que só com uma visão diferenciadora e disruptiva é que podem ser resolvidos. Ao longo das últimas décadas, os sucessivos executivos camarários não tem conseguido resolver as mais elementares e estruturantes necessidades dos barcelenses, afetando a coesão territorial. Assim sendo, os liberais devem trazer à discussão pública, nas próximas Autárquicas, cinco eixos estratégicos.

Habitação e Infraestruturas: O fracasso da gestão e urgência de mudança

Tal como em todo o País, a habitação em Barcelos tem-se tornado um problema crescente. A escassez de oferta devido à burocracia no licenciamento da construção, refletem uma gestão urbanística aquém do esperado. Para agonizar este problema, a inércia da coligação política (PSD, CDS-PP e BTF) na revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), cujo o prazo terminou a 31 de dezembro de 2024, afeta os jovens ou as famílias que queiram morar em Barcelos.

Por sua vez, as infraestruturas públicas sofrem de uma degradação visível, como, por exemplo, a mercado municipal (a sua renovação estagnou), Casa do Conde Vilas Boas (a obra parou), estradas municipais deterioradas e, com o novo acordo com as Águas de Barcelos, é garantido de que faltará a 17 freguesias do concelho uma rede de saneamento até 2054.

Reforma, Descentralização e Digitalização da Administração Local: Coesão Territorial e baixa de impostos como prioridades

A reforma da Câmara Municipal passa por munir os colaboradores de formação contínua, carreira profissional com base no mérito, na digitalização dos serviços (já existem passos nesse sentido previstos na lei), na otimização dos processos administrativos e na ampliação da participação do cidadão. No fundo, é importante reduzir a burocracia, eliminar oportunidades para corrupção e o compadrio político.

No que toca aos acordos com as juntas de freguesia, também, se devem ser, igualmente, ágeis e participativas. A par disto, os recursos humanos da Câmara devem estar descentralizados e ao serviço das freguesias.

Saúde: A falta de serviços essenciais

A população de Barcelos continua a ser negligenciada no que diz respeito ao acesso a cuidados de saúde hospitalares. A inexistência de um hospital público moderno no concelho é um reflexo claro da inércia e falha à palavra dos sucessivos governos.

Atualmente, os barcelenses são obrigados a deslocar-se a outros concelhos, como Braga, para obterem cuidados hospitalares urgentes. Esta situação é insustentável e representa um risco acrescido para a população, sobretudo em casos de emergência, onde cada minuto pode ser crucial.

Atividade Económica: Libertar Barcelos do marasmo económico

Barcelos permanece economicamente subaproveitado. O concelho é conhecido pelo seu setor têxtil, um dos pilares da economia local, mas falta uma estratégia clara para diversificação e expansão de outros setores. O resultado é um mercado estagnado, onde as oportunidades de crescimento são limitadas e o desenvolvimento económico é travado pela burocracia e pela falta de incentivos adequados.

Não menos grave, a ausência de uma entidade que promova a criação de empresas e a captação de investimentos é um dos maiores entraves ao progresso de Barcelos. Esta lacuna afasta investidores que poderiam trazer emprego e riqueza para a região. Além disso, falta uma articulação eficiente entre a academia e as empresas barcelenses, o que impede a retenção de talento local e resulta na exportação de mão de obra qualificada para outros concelhos.

Mobilidade e Transportes: Falta de uma visão integradora

A falta de intermodalidade entre modos suaves e pesados de transporte afunila as opções cómodas de mobilidade. Por exemplo, a estação de autocarros está separado por um descampado com a estação ferroviário. A rede de transportes TUBA adota um formato de adesão presencial, via balcão, que está desalinhado com as tendências digitais, sendo um desincentivo ao público jovem.

Outro ponto crítico é a infraestrutura voltada para a mobilidade sustentável. A ciclovia existente apresenta defeitos estruturais, falta de continuidade e pouca manutenção, tornando-se muitas vezes perigosa para os utilizadores. Sem falar da sua deficitária integração com a ecovia, trilhos, os caminhos demarcados de Santiago e S. Bento.

Barcelos precisa de um novo rumo…

A Iniciativa Liberal Barcelos apresenta-se às próximas eleições Autárquicas com um projeto político que coloque Barcelos na vanguarda e dinâmico. O nosso compromisso é a melhoria da qualidade de vida dos barcelenses. A mudança não pode esperar mais: Barcelos precisa de iniciativa!

Artigo de Luís Rosa, coordenador da Iniciativa Liberal Barcelos.

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