
O Município de Vieira do Minho recebeu três selos Rotas do Norte. A distinção foi atribuída à Ponte de Rês, ao Caminho de Ruivães e à Arte dos Caldeireiros de Santa Marta de Rossas.
A Comissão de Gestão das Rotas do Norte deferiu os pedidos de adesão ao selo Rotas do Norte apresentados pela Autarquia de Vieira do Minho, sendo que a Ponte de Rês passou a integrar a Rota “Românico a Norte”; o Caminho Antigo de Ruivães, a Rota “Romano a Norte”; e a Arte dos Caldeireiros de Santa Marta de Rossas integra a Rota “Património Imaterial a Norte”.
A Ponte da Rês situa-se sobre o Rio Saltadouro, fazendo a ligação entre Salamonde e Ruivães. De acordo com o inventário do Património Arqueológico e Arquitetónico de Vieira do Minho, esta ponte revela características construtivas medievais, evidenciadas pelas siglas que ostenta no intradorso do arco, as quais sugerem uma cronologia em torno dos séculos XIII-XIV. Na 2ª Invasão Francesa, a Ponte de Rês foi defendida pelos populares para travar o avanço das tropas de Napoleão. Este bem patrimonial integra ainda o trilho PR8 – As Pontes da 2ª Invasão Francesa, uma rota linear de 11 quilómetros rica e diversificada que apresenta ao longo do seu traçado vários pontos de interesse naturais e culturais.
O Caminho de Ruivães fazia parte integrante do traçado da antiga via romana XVII. Conserva extensos trechos pavimentados com lajeado de tipologia romana, percorrendo um trajeto pontuado por linhas de água, levadas, muros e outras estruturas de cariz rural.
A Arte dos Caldeireiros consiste numa atividade artesanal de transformação da matéria-prima cobre, através da qual são produzidos diversos utensílios e peças de uso tradicional, como alambiques e objetos de uso quotidiano (panelas, caldeiras, cataplanas, regadores, objetos decorativos, entre outros). Presente em Santa Marta pelo menos desde a primeira metade do século XIX, esta arte tem hoje apenas dois praticantes em plena atividade no concelho de Vieira do Minho: Bernardino Ferreira Alves e José Moreira da Silva.