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União de Restaurantes do Minho escreve carta aberta contra medidas do Governo

Parlamento

A União de Restaurantes do Minho (URMINHO) escreveu uma carta aberta ao Governo a exigir uma audiência contra as medidas implementadas aos empresários da restauração.

A carta foi dirigida ao presidente da Assembleia, ao presidente da República, ao primeiro-ministro e a todos os partidos do Parlamento para “dar conta de todos os anseios que os empresários da restauração do Minho estão a viver”.

A URMINHO contesta as medidas impostas aos fins de semana, afirmando que “não são agentes fiscalizadores”. “É nossa missão, enquanto associação de um setor fortemente fustigado e de uma zona geográfica como o Minho, dar conta de todos os anseios que vivemos. Antes de tudo, é extremamente premente o levantamento de medidas avulsas como as que nos são impostas aos fins de semana. Queremos realçar que nós, restauradores, não somos agentes fiscalizadores. Não devemos, assim, fazer o trabalho do Governo. Porque se o somos, da mesma forma que nos exigem para controlar as entradas dos clientes em função de testes negativos ou certificados, deveriam consultar-nos, também, pelas medidas que levam a injeções de capitais públicos em empresas privadas como a TAP”, disse Tiago Carvalho, porta-voz da URMINHO.

O porta-voz quer que o Governo levante a medida de encerramento dos estabelecimentos às 22:30, realçando que “depois dessa hora não existe maior propagação do vírus”. “O Minho tem uma área enorme, com vários concelhos, mas em 10 ou 15 minutos conseguimos estar em concelhos vizinhos onde podemos estar até à 1:00 a desfrutar de uma refeição e sem testes. A pergunta que se impõe é: O que acham que fazem os clientes que vivem em áreas com maiores restrições? Não podemos, por uma questão de livre concorrência, também permitir este atentado”, disse Tiago Carvalho.

O porta-voz da URMINHO quer sensibilizar o Governo para apoiar as famílias endividadas da restauração. “Em suma, o que se pede é bom senso e que se olhe para um setor que está de rastos, com famílias endividadas. Não, não se trata de nos ver como mendigos sempre a pedir apoios, mas sim como portugueses que não viram, a cada dia que passa, as costas a mais uma batalha, pois estamos a lutar pelas nossas vidas, em todos os sentidos. A restauração, pelos vistos, não é inimiga da pandemia, mas sim do nosso Governo, o bode expiatório pelo menos. É isto que nos têm feito, somos tratados como empresários de uma categoria inferior”, lamentou.

Tiago Carvalho representa todos os empresários da restauração do Minho e vem “pedir com urgência, o levantamento das medidas impostas”. “Temos o direito ao trabalho consagrado na constituição, direito este que nos está a ser retirado. Estamos hoje, como sempre estivemos, prontos para dialogar e demonstrar que o que têm feito ao nosso setor é um genocídio empresarial que terá a sua apoteose com a chegada de uma grave crise social, muito em breve. É urgente parar com estas medidas avulsas. É tempo de o Governo admitir que falhou e, juntos, recuperarmos o tempo perdido. A restauração não aguenta mais o que nos estão a fazer”, contestou.

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