Como usar a inteligência artificial para recolher, filtrar, manipular e analisar dados textuais e multimodais, além de os tecer em narrativas envolventes? É este o mote da 2.ª Conferência Internacional sobre Dados e Humanidades Digitais (DDHUM), que decorre esta quinta e sexta-feira na Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da Universidade do Minho (UMinho), em Braga, e também online. O programa junta quatro dezenas de oradores de 15 países, como Finlândia, EUA, Peru, Brasil, Índia e Austrália.
A coordenação cabe a Sílvia Araújo, do Centro de Estudos Humanísticos da UMinho, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e da Aliança Europeia Universitária Arqus. A agenda vai explorar questões atuais como a desinformação digital, os discursos anticientíficos, os vieses de género em modelos de IA, o impacto da IA na educação e na interação social, bem como as aplicações éticas e inovadoras de tecnologias digitais perante desafios globais, como as alterações climáticas e a preservação cultural.
Entre as palestras destacam-se as de três professores da Arqus, sobre inovações na imagiologia do cancro da mama, por Latifa Fakri-Bouchet (Universidade Claude Bernard Lyon 1, França); a IA na visualização geoespacial e na análise de dados, por Nina Polous (Universidade de Graz, Áustria); e ainda Lucas J. Ruiz Díaz (Universidade de Granada, Espanha) a partilhar experiências no contexto de uma Comunidade de Prática Arqus. Merece também realce a discussão do papel da IA na análise de narrativas nas redes sociais sobre desastres climáticos, com a participação de Fabio Malini e Patrick Ciarelli (ambos da Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil), entre outros especialistas.
