Carlos Araújo, realizador de Barcelos, foi galardoado nos Estados Unidos da América. A curta metragem “A Lenda do Galo” recebeu os prémios melhor Curta e melhor Realizador. Trata-se de galardões trimestrais atribuídos pela organização “Los Angeles Independent Film Festival Awards”, que distingue uma vez mais este realizador independente barcelense.
A curta metragem “A Lenda do Galo”, realizada em 2018, tem vindo a participar em diversos festivais nacionais e internacionais de cinema, tendo já obtido cinco prémios, dos quais se destaca o primeiro prémio na categoria “Vida Humana”, do Finisterra Brazil Film Art & Tourism Festival, na Bahia.
Carlos Araújo refere-se à “A Lenda do Galo” como “um projeto inspirado numa das mais belas lendas de Portugal. Lenda que o mundo do cinema paulatinamente tem vindo a conhecer. Assim, desta forma Barcelos entra no circuito internacional do cinema, inequivocamente este projeto não só imortaliza a ‘Lenda do Galo’, quem nesta obra participou e os lugares onde tudo isto aconteceu. O cinema é uma excelente forma de promover destinos, não só pelas suas narrativas, mas também os locais onde são filmadas as cenas, ou seja, turismo induzido pelo cinema. E um projeto como A Lenda do Galo tem isso tudo”.
Paralelamente à presença em certames da especialidade, este trabalho cinematográfico já serviu de base à elaboração de quatro teses de mestrado na ESMAD – Escola Superior de Media Artes e Design, bem como de um trabalho de final de uma do IPCA na área do Turismo, do qual resultou um capítulo denominado “turismo induzido pelo cinema”.
Carlos Araújo mostra-se, de certa forma, “surpreendido pela aceitação e reconhecimento” do seu trabalho, mas afirma que “o mais importante é dar a conhecer a cultura e a identidade de Barcelos”. E se a presença em festivais internacionais e os prémios atestam isso mesmo, por cá “A Lenda do Galo” também tem andado a peregrinar pelas diversas freguesias do concelho, numa ação de divulgação, mas também de sensibilização e salvaguarda do património imaterial do concelho.
De resto, o realizador afirma que tem aceitado todos os convites que lhe têm sido dirigidos pelas Juntas de Freguesia e outras instituições, pois entende que “os produtos culturais devem ser colocados junto das populações, pois essa estratégia pode contribuir para a criação de hábitos novos públicos e hábitos culturais diversificados”.