O Salão Nobre dos Paços do Concelho de Braga acolheu ontem a cerimónia de entrega do Prémio de História Alberto Sampaio 2022 ao investigador Nuno Miguel Ribeiro de Medeiros, pelo trabalho “Edição para o Grande Consumo em Portugal: Um século de Romano Torres (1885/86-1990)”. A sessão de entrega do prémio, que resulta da parceria entre os Municípios de Braga, Guimarães e Famalicão e Sociedade Martins Sarmento, coincidiu com a data de aniversário de nascimento de Alberto Sampaio.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, destacou a importância do prémio que “presta homenagem a um vulto da nossa história”. “Este é um prémio que visa manter viva a pessoa e a obra de Alberto Sampaio, promovendo o desenvolvimento de estudos científicos e de investigação nas áreas ligadas ao seu legado, em especial, nas disciplinas da História Social e Económica”, salientou o Edil durante a cerimónia.
Já Nuno Medeiros, vencedor do prémio, mostrou-se honrado pelo prémio atribuído ao seu trabalho de investigação que procura conhecer os processos sobre a produção editorial, a criação do livro e a sua circulação no mercado como objeto de consumo.
O júri, constituído sob a égide da Academia das Ciências de Lisboa, a quem está confiada a direção científica do Prémio, deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio de 2021 ao investigador Nuno Miguel Ribeiro de Medeiros que apresentou um trabalho com o título “Edição para o Grande Consumo em Portugal: Um século de Romano Torres (1885/86-1990)”.
O Prémio de História Alberto Sampaio, inicialmente instituído em 1995 pelos Municípios de Guimarães e Vila Nova de Famalicão e pela Sociedade Martins Sarmento, foi renovado em 2016, contando a partir de então com o Município de Braga.
Segundo o júri, o trabalho agora premiado “concretiza-se no estudo do percurso de uma empresa centenária, a Romano Torres (1885/86-1990), aproveitando o acervo documental do Arquivo Histórico desta editora referencial no mercado da edição em Portugal destinada ao grande consumo da leitura”. “O trabalho configura-se como um exercício transdisciplinar enriquecedor para a historiografia nacional, ao mesmo tempo que se insere, em pleno, no quadro de objetivos que subjaz ao Prémio Alberto Sampaio”, acrescenta o júri, destacando ainda a elevada qualidade da generalidade dos trabalhos admitidos.
Conforme prevê o regulamento, o trabalho vencedor será publicado na Revista de Guimarães.