Um estudo realizado por uma equipa de investigadores da Nova SBE a equipas da Universidade de Hamburgo, Rotterdam Erasmus University e Bocconi University revelou que apenas 63% dos portugueses pretende vacinar-se contra a Covid-19.
Desde a segunda vaga do estudo, revela-se um significativo decréscimo da intenção dos portugueses em serem vacinados contra a Covid-19 quando a vacina ficar disponível. Se em junho 75% dos inquiridos estavam dispostos a serem vacinados, nesta terceira vaga, o número desce para 63%, caindo 12 pontos percentuais. A percentagem de pessoas que não pretende vacinar-se aumentou 5% e a dos hesitantes 7%, situando-se agora nos 25%. A redução da vontade em se ser vacinado é evidente em todas as regiões e todas as categorias de idade, com exceção para mais de 65 anos. Os homens são os que se mostram mais dispostos a vacinarem-se (70%).
O estudo analisou que a predisposição para a vacina aumenta em função da adesão às medidas de proteção e vice-versa. Ou seja, quem está menos predisposto a vacinar-se contra a Covid-19 também tem menor adesão às medidas de proteção. Esta tendência também aumenta em função da confiança existente ou não no governo, entidades de saúde e OMS. Naqueles que manifestam uma baixa perceção de risco de contrair Covid-19 ou sobre suas consequências para a saúde também existe uma baixa disposição para vacinar.
A pesquisa revela que a perceção de confiança na vacina diminui desde junho em todas as categorias de idade, regiões (exceto Açores), sexos e níveis de educação, com 54% dos portugueses completamente confiantes de que a vacina contra a Covid-19 será segura em comparação com os 70% da segunda vaga do estudo, uma queda de 16 pontos percentuais. Mais uma vez são os homens que mais confiam na segurança da vacina (60%). A confiança é também mais alta em indivíduos com alto nível de escolaridade (57%).