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PCP reuniu com reitor da Universidade do Minho

© PCP

Uma delegação do PCP foi hoje recebida pelo reitor da Universidade Minho, Rui Vieira de Castro. O encontro permitiu abordar a situação atual na UMinho, o seu funcionamento e atividade.

“A situação de sub-financiamento em que a UMinho é obrigada a funcionar foi um dos assuntos tratados. Em confronto com as suas responsabilidades, sucessivos governos PS, PSD e CDS-PP fizeram a opção de manter as instituições públicas de ensino superior em situação de sub-financiamento, criando estrangulamentos ao seu funcionamento e desenvolvimento, colocando em causa os serviços prestados”, refere o PCP.

De acordo com aquilo que foi transmitido à delegação do PCP, “presentemente, existe um diferencial de 17 milhões de euros entre o que é transferido pelo Governo no Orçamento do Estado para a UMinho e o que está previsto na Lei de Bases do Financiamento do Ensino Superior. O valor que está a ser transferido para a UMinho cobre apenas cerca de 60% das despesas com salários. O remanescente de salários, despesas de funcionamento, por exemplo, tem que ser coberto com receitas próprias, o que é uma situação negativa”.

“Num contexto marcado pelo aumento de muitos dos custos inerentes ao funcionamento da UMinho – energia, transportes, manutenção, entre muitos outros -, a proposta de Orçamento do Estado para 2023 está muito longe de contribuir para corrigir a situação atual, considerando um aumento das transferências significativamente abaixo das previsões de inflação, o que permite antecipar que se podem agravar as atuais dificuldades e condicionar a concretização de investimentos há muito identificados”, acrescenta o partido.

Outra das questões abordadas foi a construção de novas residências em Braga e Guimarães, no sentido de “corresponder à necessidade gritante de alojamento para estudantes”. “A este propósito foi lembrado os investimentos previstos não resolvem os problemas com que hoje os estudantes de deparam de falta de camas. A UMinho tem atualmente uma oferta total de cerca de 1400 camas, entre Braga e Guimarães. A taxa de ocupação anual ronda os 100%. Em concreto, em Braga e Guimarães, ganha forma o negócio das residências privadas com anúncios de novas construções, num quadro de demora na concretização de soluções públicas”, sustenta o PCP.

Com mais de 20 mil estudantes, a UMinho conta com perto de 6000 alunos bolseiros, sendo a universidade do país com maior número de bolseiros. Para o PCP, o reforço de financiamento da Ação Social “é uma necessidade particularmente sentida”.

À delegação do PCP formam ainda transmitidas “preocupações sobre a situação dos bolseiros de investigação e com a precariedade dos seus vínculos, havendo cerca de 100 casos cujo financiamento terminará no mês corrente e não há perspetiva de integração nos quadros da UMinho”.

As questões da mobilidade foram também tratadas. “A concretização de investimento no reforço dos transportes públicos, desde logo as ligações ferroviárias no quadrilátero Braga-Guimarães-Famalicão-Barcelos, e de soluções de tarifários tendentes à progressiva gratuitidade”, foram propostas que o PCP expôs.

A delegação do PCP integrou Belmiro Magalhães, da Comissão Política do Comité Central, Inês Rodrigues, do Secretariado e da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP e membro da Assembleia Municipal de Guimarães, Manuel Carvoeiro, da Organização Regional de Braga, e António Joaquim, membro da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP.

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