A Aliança Democrática esteve esta quarta-feira em comício no concelho de Barcelos. Luís Montenegro, líder do partido, garantiu “passos seguros para uma verdadeira igualdade de oportunidades”.
“Às mulheres de Barcelos, às mulheres do distrito de Braga, às mulheres de Portugal, quero assegurar-lhes: nós vamos mesmo dar passos seguros importantes para garantir uma verdadeira igualdade de oportunidades”, assumiu Luís Montenegro, perante mais de mil apoiantes que se juntaram na noite de quarta-feira.
Destacando as propostas inscritas no seu programa eleitoral, o líder da coligação PSD/CDS/PPM classificou “a igualdade de género” como “um pilar fundamental da igualdade de oportunidades para todos os portugueses”.
“Temos de atuar. É preciso políticas públicas eficazes”, desafiou Montenegro, apontando “dados e estatísticas que se têm agravado no que toca a discriminações negativas sobre as mulheres em relação aos homens, como no trabalho, na remuneração do seu esforço e em cargos de direção nos diferentes setores de atividade”.
Mais grave e “intolerável” são os “fenómenos de violência sobre as mulheres”, seja em contexto doméstico, no namoro ou no trabalho. “Nos últimos 15 anos morreram 500 mulheres vítimas de violência doméstica. Uma sociedade livre, que quer ser próspera e justa, não pode de nenhuma maneira ignorar este fenómeno, tem de o combater e erradicar”, defendeu o líder.
Num evento em que recebeu o apoio de Luís Marques Mendes, o líder da Aliança destacou “o impacto das propostas de governo na valorização da situação das mulheres na sociedade portuguesa, designadamente ao nível da saúde, da educação, dos apoios sociais e serviços públicos de qualidade”.
“Resolver o problema do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma missão também a pensar nas mulheres, que sofreram nos últimos anos um agravamento do seu sentimento de segurança com a falta de resposta dos serviços públicos de obstetrícia e de pediatria”, apontou Montenegro.
Como medidas que “beneficiam em particular as mulheres, para que possam conciliar a vida pessoal, familiar, e a vida profissional”, o líder do partido referiu “a necessidade de resolver os problemas dos alunos e das escolas, assim como a proposta de acesso geral, universal e gratuito à educação dos zero aos seis anos”.
Destacou igualmente “o aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI), para apoiar tantas mulheres que trabalharam segundo as regras que existiam à época, na agricultura, nas fábricas ou como domésticas, sem carreiras contributivas”.
“Isto é justiça social”, declarou Luís Montenegro, vincando “a aposta na diminuição de impostos sobre as pessoas e as empresas”, para que seja possível “Portugal crescer mais, inovar, criar mais riqueza e, assim pagar melhores salários e ser um país socialmente mais justo”.
Luís Montenegro esteve acompanhado pelo presidente do CDS, Nuno Melo, pelo cabeça de lista Hugo Soares e demais candidatos a deputados, e por todos os presidentes de Câmara social-democratas do distrito.
Como anfitrião, o autarca barcelense Mário Constantino defendeu “a construção do novo hospital de Barcelos, sucessivamente prometida e protelada pelos governos do PS”. “Vir cá prometer, é fácil, mas não cumprir e voltar a prometer não é sério. Sinceramente, o que me aparece é que vamos ter de ser nós a fazê-lo”, respondeu Luís Montenegro.
Luís Marques Mendes participou no comício em Barcelos, apelando ao “voto eficaz na Aliança Democrática”. “O voto eficaz é aquele que concilia o protesto legítimo com a solução realista para os problemas. Precisamos de governo e de política para criar uma nova ambição. É tempo de acabar com a política do poucochinho”, defendeu Marques Mendes.
