
Francisco Mota, presidente da Juventude Popular, veio a público exigir a atuação do primeiro-ministro e do presidente da República para as Forças Armadas substituírem Francisco Ramos, coordenador da “Task Force” para o Plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal.
Em causa estão as afirmações do coordenador que admitiu numa entrevista à SIC que as pessoas que receberam a vacina indevidamente vão receber a segunda dose.
Segundo o líder da Juventude Popular, “atualmente, a vacina é um bem raro, fundamental no combate à pandemia, o que obriga a uma administração rigorosa, transparente e criteriosa, mas infelizmente o que temos assistido é precisamente o seu contrário. Tudo atabalhoado, com os profissionais de saúde a dar o seu melhor todos os dias, mas com falhas gritantes na coordenação e planeamento por parte de quem lidera”.
Para o centrista, “Francisco Ramos está a rotular os portugueses que se indignam, e não são alguns, são todos, com esta sua falta de competência, por um lado e por outro, do aproveitamento que dirigentes políticos fizeram de uma vacina que ainda não tinham direito”, sendo “inaceitável que a impunidade continue a imperar”.
Para Francisco Mota, o coordenador “não tem mais condições para continuar no cargo”. “Se os atuais generais não dão conta da guerra, que sejam substituídos. É necessário uma outra atitude e competência para salvar Portugal. É hora de seguirmos o exemplo de outros países europeus e delegarmos nas Forças Armadas este processo que, com a sua experiência logística, organizacional e os seus recursos humanos de enfermagem e medicina, permitem libertar os centros de saúde e os recursos do SNS de mais uma tarefa que está a obrigar a suspender todos os outros compromissos clínicos”, sublinha.
O líder afirma que deveriam ser usados multiusos para garantir uma vacinação permanente, centralizada e massiva.