Na sessão de leitura da decisão instrutória da “Operação Marquês”, que decorreu na tarde desta sexta-feira no Campus da Justiça, em Lisboa, o juiz Ivo Rosa decidiu que José Sócrates não vai a julgamento no que toca aos crimes de corrupção de que estava acusado.
No entanto, o ex-primeiro ministro vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e outros três de falsificação de documentos. Em causa estão pagamentos em dinheiro no valor de 1,7 milhões de euros.
No processo estão em causa alegadas transferências de dinheiros de Carlos Santos Silva para José Sócrates e para a sua mãe, nas quais haviam telefonemas entre José Sócrates e Carlos Santos Silva.
O antigo primeiro-ministro ficou livre de todas as outras acusações de corrupção, decisão anunciada por Ivo Rosa.
No final da sessão, o Ministério Público comunicou que irá recorrer da decisão do juiz Ivo Rosa.
Recorde-se que José Sócrates estava acusado de 31 crimes pelo Ministério Público, três por corrupção passiva de titular de cargo político, dezasseis por branqueamento de capitais, nove por falsificação de documento e três por fraude fiscal qualificada.
