
O coletivo Braga Fora do Armário (BFA) organiza no sábado, 17 de julho, às 17:00, a IX Marcha pelos Direitos LGBTQIAP+. Subordinada ao lema “Liberdade é ter condições para sair do armário”, a marcha reivindica direitos “ainda por conquistar em Portugal” e manifesta o seu apoio a toda a comunidade LGBTQIAP+ mundial que continua “a sofrer múltiplas opressões”.
Devido ao atual cenário pandémico, a organização do Braga Fora do Armário decidiu começar a marcha no Parque da Ponte, de modo a garantir o distanciamento físico. A marcha segue pela Avenida da Liberdade e termina na Praça da República, “num percurso muito mais amplo, onde será possível garantir o distanciamento físico de modo a evitar qualquer contágio”.
“Duas semanas depois de, aqui na vizinha Galiza, ter ocorrido o assassinato de Luiz Muñiz, por 13 indivíduos enquanto gritavam “maricón” (maricas), é urgente voltar a ocupar as ruas para lembrar a comunidade que as violências contra pessoas LGBTQIAP+ continuam, as discriminações e desigualdades continuam, e, não é porque não as vemos nas nossas bolhas sociais que está tudo bem”, relembra a organização.
Com início marcado para as 17:00, no Parque da Ponte, todas as pessoas estão convidadas a marchar “por um futuro mais igual, pacifico, justo para todos e todas”. Recorde-se que no ano passado, a organização não ocupou as ruas da cidade de Braga, devido à pandemia da Covid-19.
O Braga Fora do Armário surgiu em 2013, depois da realização da I Marcha pelos Direitos LGBTQIAP+, que juntou cerca de 300 pessoas. Desde então, tem vindo a realizar inúmeras atividades com o objetivo de debater, desmistificar e esclarecer dúvidas relacionadas a comunidade LGBTQIAP, “que vivem ainda sob o risco permanente do assassinato em muitos países de pessoas pertencentes a comunidade LGBTQIAP+, da discriminação, do insulto, da agressão e do ostracismo, quer a nível social e profissional, como também a nível jurídico e religioso”.
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