Na tarde de sexta-feira, no auditório do Teatro Jordão, em Guimarães, teve lugar a 1.ª edição dos Encontros da Economia, uma iniciativa do Ministério da Economia e do Mar, apoiada pelo Município de Guimarães, que teve como organizador o Banco Português de Fomento.
O evento, que contou com a presença de António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, Pedro Cilínio, secretario de Estado da Economia, e José Maria Costa, secretário de Estado do Mar, entre outras individualidades, teve como anfitrião o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, e foi dedicado ao tema “Indústria 4.0 e os desafios da internacionalização”.
Na sua intervenção, Domingos Bragança agradeceu a António Costa Silva o facto de “Guimarães ter sido a cidade escolhida para a realização da 1ª edição dos Encontros da Economia, e valorizou a importância do saber ouvir para que as melhores decisões possam ser tomadas”. “Dialogar é importante para, umas vezes, validarmos as nossas opiniões, e, outras, incorporar novas ideias no nosso pensamento, sermos surpreendidos e inspirados”, disse o edil.
O presidente da Câmara referiu “estarmos a viver um momento muito importante enquanto coletivo, que requer o melhor e o maior entusiasmo de todos nós”, e disse que “a revolução tecnológica digital que vivemos na atualidade, baseada na intensidade de conhecimento, permitir-nos-á encontrar as melhores soluções para as oportunidades excecionais de consolidação e crescimento deste polígono industrial, dos mais importantes do País, que é o Quadrilátero Urbano”.
Domingos Bragança não deixou de referir “o papel importante que António Costa Silva tem tido na promoção de um olhar atento ao papel do tecido empresarial na nossa economia, nomeadamente na indústria, principalmente numa região do país que é geradora de grande parte da riqueza nacional”. “Olhando para o nosso território, percebemos a importância da indústria e da cooperação que esta deve ter com os sistemas de investigação e desenvolvimento. Vivemos um tempo excecional de tecnologia, ciência e conhecimento, e, em Guimarães, pugnamos pelo empoderamento das empresas e dos cidadãos através do aproveitamento desta era que vivemos. Guimarães é uma história feita futuro”, concluiu.
António Costa Silva classificou a cidade de Guimarães como “extraordinária e inspiradora”. Aludindo ao facto do país estar próximo de completar 900 anos de História, com vitória e derrotas, mas “sem nunca desistir”, o ministro lembrou “a força dos portugueses enquanto povo, quando convocado para grandes desígnios”. Esta capacidade de “chegar ao mundo”, implícita nas palavras de António Costa Silva, foi invocada como “possibilidade de atrair investimento estrangeiro, aproveitando a revolução tecnológica em curso”.
Para António Costa Silva, a realização da 1.ª edição dos Encontros da Economia na região permite que os organismos do Estado “identifiquem problemas para que sejam encontradas soluções”. O ministro da Economia e do Mar disse acreditar “profundamente na potencialidade de um Quadrilátero Industrial constituído por Guimarães, Braga, Famalicão e Barcelos”, e lembrou que “os países mais avançados do mundo têm um sistema industrial forte”.
A importância da região foi também evidenciada por Maria Celeste Hagatong, presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento, quando disse que “uma das bases mais importantes da atuação do Banco de Fomento é o Norte”. Maria Celeste Hagatong fez saber que a instituição a que preside, criada há dois anos, “dispõe de instrumentos de capital e quase capital, bem como de acessos a fundos de risco, Venture Capital, de apoio a startups“. Segundo a presidente do Banco Português de Fomento, é esperada, muito em breve, a transferência dos seguros de crédito com garantias do Estado para o BPF, facto que vem aumentar o portefólio de serviços prestados aos empresários.
Após as intervenções protocolares, houve lugar a pitches de apresentação de três startups e realizaram-se dois painéis de discussão sobre a Indústria 4.0 e os desafios da internacionalização e Oportunidades de Financiamento, que tiveram a participação de vários convidados ligados a diversas instituições, como o AICEP, AEMinho, APICAPPS, Banco Português de Fomento, COMPETE 2030, IAPMEI, Turismo de Portugal e CCDR-N.