
Guimarães inaugurou hoje a requalificação da Escola Básica do Vale de São Torcato, a maior das escolas que compõe o Agrupamento de Escolas dessa zona do território concelhio. A escola, que alberga mais de 300 alunos, teve obras que duraram cerca de dois anos e custaram 5,7 milhões de euros.
O diretor do Agrupamento de Escolas do Vale de São Torcato, José Alberto Freitas, conduziu a visita por todas as instalações da agora requalificada escola, que foi pontuada por diversos números artísticos e didascálicos, onde não faltou uma mini-aula sobre plásticos e os seus efeitos nefastos para o ambiente, atuações musicais e declamações da poesia de Luís Vaz de Camões, enquadrada nas comemorações do 500.º aniversário do seu nascimento. Todos estes momentos foram protagonizados por alunos da EB 2,3 de São Torcato, coordenados pelo seu corpo docente.
Domingos Bragança, presidente de Câmara Municipal, na sua intervenção, começou por “agradecer a todos os que acreditaram que seria possível a realização da obra, mas também a todos quantos não tinham tanta esperança, mas não deixaram de contribuir, como as suas críticas e opiniões, para o excelente resultado agora alcançado”. Um agradecimento que foi extensivo a todas as equipas intervenientes na obra, desde projetistas, construtores, técnicos e vereadores da autarquia envolvidos mais diretamente.
“Esta é agora uma nova escola, que soube preservar a sua memória, sem deixar de ser requalificada com base nas novas técnicas construtivas que privilegiam a segurança, o conforto e a eficiência energética”, disse.
O edil considera a EB 2,3 de S. Torcato uma “escola-modelo” que se equipara ao “melhor do que se faz no país”, o que o levou a afirmar que “podemos estar todos orgulhosos”.
O presidente da Câmara Municipal fez questão de lembrar que tinha rejeitado o primeiro projeto que lhe tinha sido apresentado, uma vez que “pretendia uma requalificação que tivesse um impacto mais profundo nas condições de conforto e na prioridade para o tempo de recreio dos seus alunos”. Este foi um dos motivos para uma alteração ao projeto que permitisse cobrir parte da zona exterior de recreio.
“O projeto inicial ficar-nos-ia por cerca de 700 mil euros, mas Guimarães pauta-se por uma grande exigência no que diz respeito à Educação, sendo este um dos pilares do seu desenvolvimento, pelo que optámos por reformular o projeto de forma bem mais ambiciosa. Foi um tempo de sacrifício para todos os torcatenses, e para toda a comunidade escolar, mas valeu a pena”, referiu.
Domingos Bragança fez ainda saber que a obra foi iniciada com verbas municipais, vindo, posteriormente, a ser financiada pelo PRR a 100%, após uma aprovação inicial aos fundos europeus do PT2030. “Além da dimensão física, desta escola, que verá brevemente o seu pavilhão ser reabilitado, o senhor diretor deu-nos a conhecer uma escola moderna, contemporânea, e alinhada com as questões do nosso tempo, como a Cultura e as preocupações de sustentabilidade ambiental”, concluiu.