
Em 2024, o Município de Vila Nova de Famalicão registou uma redução histórica de 11% da água não faturada, atingindo agora o valor mais baixo de sempre: 36%. Os números foram avançadas pelo presidente da Câmara Municipal, Mário Passos.
Por água não faturada entende-se toda a água que, depois de captada, tratada, transportada, armazenada e distribuída, não chega a ser faturada. Incluem-se os consumos autorizados não faturados (registados nas escolas, complexos desportivos, piscinas municipais, combate a incêndios, entre outros), mas também as perdas reais, relacionadas sobretudo com o envelhecimento da rede de infraestruturas de distribuição de água, e as perdas comerciais que advêm, por exemplo, da existência de um parque de contadores envelhecido.
De acordo com Mário Passos, “a marca atingida resulta dos esforços que a autarquia tem vindo a desenvolver no combate ao desperdício de água na rede pública, com a aplicação de medidas que se têm revelado bem-sucedidas”. “São números que nos deixam confiantes no trabalho que estamos a desenvolver, mas que ainda assim não nos satisfazem”, disse.
A substituição de condutas, a reparação de defeitos de conceção da própria rede, a redução da pressão na rede, a criação de zonas de monitorização e controlo, a substituição de mais de 20 mil contadores envelhecidos e a fiscalização de consumos ilícitos e de ligações clandestinas ao saneamento são algumas das medidas adotadas pela autarquia para combater as perdas de água.
“Pequenas intervenções que resultaram neste grande número”, disse também hoje o vereador do Ambiente, Hélder Pereira, que assegurou “que “o município vai continuar a trabalhar para continuar a reduzir esta marca que representa um prejuízo financeiro mas sobretudo um prejuízo ambiental”. O objetivo, explicou, “é que em 2025 este número se fixe nos 29%, baixando para os 19% em 2026 e para os 14% em 2027”.