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CulturaExposição “Discurso Silencioso” de Jorge Pinheiro na Ala da Frente em Famalicão
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Exposição “Discurso Silencioso” de Jorge Pinheiro na Ala da Frente em Famalicão

CM Famalicão

A Ala da Frente foi até às gavetas do estúdio de Jorge Pinheiro para preparar a exposição de pintura e desenho que marca a reabertura de portas da galeria de arte contemporânea de Vila Nova de Famalicão.

Os visitantes da Ala da Frente já podem conhecer o conjunto de obras de pintura e desenho que compõem o “Discurso Silencioso” de Jorge Pinheiro, artista natural de Coimbra, que na década de 60 fundou o grupo “Os quatro vintes” juntamente com Armando Alves, Ângelo de Sousa e José Rodrigues.

“Depois de uma fase extensa ligada ao abstrato, à geometria e à composição, Jorge Pinheiro enveredou depois dos anos 80 por outro discurso e outra de forma de avançar no trabalho ligada à figuração e esta exposição lida precisamente com essa sua vertente”, explica o curador da Ala da Frente, António Gonçalves.

“Nos desenhos que vamos encontrar nesta exposição vamos percebendo como é que algumas personagens que habitam o universo de Jorge Pinheiro foram aparecendo e foram pensadas e trabalhadas para ocupar o espaço da pintura. Um discurso silencioso, feito de registos, de formas e de gestos que se vão organizando em resposta às necessidades de composição e elaboração da pintura”, acrescenta.

Para António Gonçalves, “Jorge Pinheiro tem um reconhecido percurso feito por uma multiplicidade de formas de investigação e estudo das possibilidades do discurso plástico”.

O curador da Ala da Frente deixa, ainda, um desafio aos visitantes da galeria municipal. “Que o nosso olhar se possa pender nos vários olhares que se exibem nestas obras e neles possamos encontrar uma maior lucidez na companhia deste silencioso discurso”, refere.

Recorde-se que Jorge Pinheiro nasceu em Coimbra no dia 7 de outubro de 1931. Tem o Curso Superior de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1963). Fundou, com Ângelo de Sousa, José Rodrigues e Armando Alves, o grupo “Os Quatro Vintes”, numa alusão irónica à marca de tabaco «Três Vintes» e às respetivas notas de final de Curso. Lecionou na ESBAP (1963-1976), na ESBAL (1976-1996) e na Universidade de Évora (1996-1998). Expõe regularmente desde 1954 e está representado em inúmeras coleções públicas e privadas. Foi distinguido com o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso 2017. Vive e trabalha em São Pedro do Estoril.

A galeria de arte contemporânea Ala da Frente fica localizada no Palacete Barão da Trovisqueira, na Rua Adriano Pinto Basto, em Vila Nova de Famalicão.

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