
As Comissões Políticas Regionais dos Açores e da Madeira e Distritais do Continente tomaram uma posição pública para manifestar “total apoio” a Luís Montenegro.
As estruturas consideram que o primeiro-ministro está “a ser alvo de um feroz ataque à sua idoneidade para causar instabilidade política”.
“É tanto consensual como factual que a chegada de Luís Montenegro ao Governo foi sinónimo de melhoria, não só nos indicadores, como na vida das pessoas. Pacificaram-se relações sociais, valorizaram-se carreiras e remunerações, os cidadãos ganharam melhores serviços públicos. Jovens e seniores viram as suas especificidades ser valorizadas. Há mais justiça social e compromisso intergeracional, enquanto a economia cresce, a dívida baixa, há menos desemprego, os portugueses pagam menos impostos e a imagem externa do país melhora”, referem as estruturas num comunicado enviado à Braga TV.
As Comissões Políticas Regionais dos Açores e da Madeira e Distritais do Continente afirmam que “estamos bem conscientes do quanto é decisivo para as populações que este governo continue focado nos reais problemas dos portugueses. Quando um líder partidário ainda antes de ser candidato e muito antes de ser primeiro-ministro se desvincula de vínculos societários e profissionais que, legitimamente, exercia antes de o ser e nenhum ato pratica depois de empossado na liderança do governo que possa colidir com aquelas anteriores atividades, não se consegue perceber o que de errado possa ter feito nem o que devesse fazer de diferente do feito. A política é um serviço e não uma profissão. É saudável para a democracia poder contar com políticos experientes, com passado e provas dadas nos setores público ou privado, mas também com futuro, sem dependerem da política”.
“Luís Montenegro sempre separou a sua vida profissional da política e não pode ser censurado tão só porque teve vida profissional antes do desempenho político! Não podemos aceitar que se crie um parâmetro de governante que afaste da vida política todos quantos não se limitam a uma carreira política. Assistimos a uma convergência política que une socialistas às extremas esquerda e direita, unicamente concentrados em criar instabilidade política”, acrescentam.
O Parlamento vota hoje uma moção de censura do PCP ao Governo em virtude da comunicação do primeiro-ministro ao país. Em causa está uma alegada avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde à Spinumviva, empresa familiar de Luís Montenegro.